Trump e Biden somam delegados e vão oficializar candidatura à presidência

Publicado em: 14 de março de 2024

Trump e Biden somam delegados e vão oficializar candidatura à presidência

Depois de mais um dia de primárias republicanas e democratas nesta terça-feira (12), Joe Biden e Donald Trump obtiveram o número de delegados necessários para a indicação à candidatura da eleição presidencial americana, em 5 de novembro. O anúncio oficial ocorrerá durante as convenções nacionais dos partidos, que acontecem em julho e agosto.O atual presidente americano, Joe Biden, ultrapassou a barreira dos 1.968 delegados ao vencer as primárias democratas na Geórgia. Para Trump, de 77 anos, a vitória no estado de Washington, no noroeste do país, permitiu que ele obtivesse o limite de 1.215 delegados para conquistar a indicação do Partido Republicano.

“Estou honrado que a coalizão de eleitores que representa a diversidade do Partido Democrata em todo o país tenha acreditado em mim mais uma vez para liderar o partido, em um momento em que a ameaça representada por Trump é maior do que nunca”, disse Biden em um comunicado. Ele criticou a campanha “de ressentimento e vingança” do republicano.

Alvo de vários processos judiciais, Trump insistiu que o Partido Republicano continua “forte e unido”. “Somos agora, sob o comando do corrupto Joe Biden, uma nação do terceiro mundo, que usa o sistema para perseguir seu opositor político, EU!”, escreveu em sua plataforma Truth Social.

A vitória de Trump em quase todas as primárias republicanas até agora permitiram que ele garantisse sua nomeação muito mais cedo do que o esperado. Sua última concorrente, Nikki Haley, abandonou a disputa em 6 de março.

A campanha de Donald Trump está calcada na oposição direta às políticas de imigração de Joe Biden. Foi também a pedido do magnata que o projeto de lei de imigração, negociado durante meses por membros de ambos os partidos, foi rejeitado pelos republicanos no Congresso.

A questão tornou-se particularmente polêmica no estado da Geórgia, que votou nas primárias na terça-feira, e onde o assassinato de um estudante americano por um venezuelano serviu de exemplo para os argumentos de Trump. O ex-presidente utilizou o caso como símbolo da política migratória de Joe Biden, que ele acusa não ter a firmeza necessária em relação à questão.

Geórgia é estado decisivo
Havia poucas dúvidas a respeito da indicação dos dois candidatos, explica o correspondente da RFI em Miami, David Thomson. Segundo ele, a campanha agora “começa de verdade”.

Além da Geórgia, os estados de Washington, Mississippi e Havaí votaram nas prévias desta terça-feira. Donald Trump venceu no estado, considerado decisivo, em 2016, mas perdeu para Joe Biden em 2020 com uma vantagem de pouco menos de 12.000 votos.

Foram esses votos que Donald Trump pediu que as autoridades locais “encontrassem” entre seus apoiadores, na tentativa de reverter o resultado, durante um telefonema que ficou famoso nos Estados Unidos, e o levou a ser processado pelo promotor de Atlanta por tentar modificar o resultado da eleição em 2020.

Os dois futuros candidatos fizeram comícios no estado no último sábado. Na semana passada, Biden viajou até Atlanta para mobilizar eleitores negros e latinos. Trump intensificou seus ataques contra os migrantes que cruzam a fronteira com o México, alegando que “envenenam o sangue” do país. O ex-presidente também tira sarro de Biden e, em seus comícios, imita sua maneira de falar e de andar.

Além da Geórgia, outros estados que podem decidir o resultado das eleições são a Pensilvânia, Michigan, Arizona, Carolina do Norte, Wisconsin e Nevada.

(Com informações da RFI e AFP)

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