Publicado em: 3 de abril de 2024
Foto: Phillipe Guimarães/MSA partir de agora, a dose da vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) passa a ser aplicada em dose única no estado de Santa Catarina. A mudança segue recomendação do Ministério da Saúde (MS) publicada em Nota Técnica na última segunda, 1º de abril, e tem como objetivo, segundo o órgão federal, “intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus”.
O público-alvo da vacinação permanece o mesmo, meninos e meninas com idade entre 9 e 14 anos. A gerente de doenças infecciosas agudas e imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), Arieli Schiessl Fialho, explica que a diferença é que agora o esquema de vacinação será finalizado com apenas uma dose e que essa nova orientação segue as recomendações mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Antes, eram necessárias duas doses, com um intervalo de 6 meses entre elas, para completar o esquema vacinal.
Com a mudança, o MS quer aumentar a adesão à vacinação, ampliar a cobertura e, consequentemente, evitar novos casos de câncer de colo do útero. Em Santa Catarina, atualmente, a cobertura da vacina contra o HPV está em 65,2% para os meninos e de 81,24% para as meninas. A meta do Ministério é de 90%.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) o câncer de colo do útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer.
Outros públicos que podem ser vacinados contra o HPV na rede pública de saúde
Além de meninos e meninas com idade entre 09 e 14 anos, também podem ser vacinados contra o HPV na rede pública de saúde pessoas de 9 a 45 anos de idade, vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos, imunossuprimidos por doenças e/ou tratamento com drogas imunossupressora, além de vítimas de abuso sexual. Nestes casos, o esquema de vacinação permanece em três doses: duas doses com intervalo de dois meses entre a primeira e segunda dose e a terceira dose seis meses entre a primeira e terceira dose (0, 2 e 6 meses).
Fonte: Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive)