Publicado em: 18 de outubro de 2025
Crime ocorreu em 2009, em Sangão; acusada fugiu para outro estado após oferecer bebida com inseticida à vítima.
Após 15 anos, o caso do homicídio de Elias Ramos Vieira será submetido a um júri popular. O crime, ocorrido em setembro de 2009 em uma localidade de Sangão, teve como única acusada a ex-companheira da vítima. De acordo com a denúncia do Ministério Público, movida por ciúmes e inconformada com o fim do relacionamento, ela teria oferecido propositalmente um copo de suco misturado com um inseticida ao ex-companheiro.
Imediatamente após ingerir a bebida, Elias passou mal. Apesar de ser socorrido e levado ao Hospital São Roque, em Morro da Fumaça, ele não resistiu às graves complicações cardíacas e respiratórias causadas pela substância tóxica. As investigações revelaram que a acusada comprou o veneno, um produto do grupo dos carbamatos, em uma agropecuária de Jaguaruna, alegando falsamente que o usaria para tratar um cachorro doente.
Após o crime, a mulher fugiu para Porto Alegre (RS), onde foi localizada pela polícia. Ela respondeu ao processo em liberdade e seu julgamento por homicídio duplamente qualificado está marcado para ocorrer no Fórum de Jaguaruna. O caso, que chocou a região na época, será finalmente decidido por um tribunal do júri.
Saiba mais:
O veneno usado no crime, um inseticida do tipo “carbamato”, age no corpo como um interruptor desligado para os nervos. Ele paralisa o sistema que controla a respiração e os batimentos do coração. É um produto forte, daqueles com cheiro marcante, que deveria ser usado apenas no campo, com muito cuidado. Por ser tão perigoso para pessoas e animais, sua venda é controlada, o que levantou suspeitas quando a acusada disse que era para tratar um cachorro.