Publicado em: 5 de julho de 2024
Foto: Leon Kuegeler/ReutersO capitão da seleção francesa de futebol, Mbappé, fez um apelo para que os eleitores franceses não votem na extrema direita durante o segundo turno das eleições legislativas francesas.
O partido Reagrupamento Nacional (RN), da líder de extrema direita Marine Le Pen, ficou em primeiro lugar no primeiro turno do pleito. O segundo turno acontecerá neste domingo (7).
Em entrevista à imprensa, o jogador chamou o resultado de “catastrófico” e pediu que os eleitores “votem no lado bom”.
“Mais do que nunca, temos que ir votar. É realmente urgente. Não podemos deixar o país nas mãos destas pessoas. Vimos os resultados. É catastrófico”, disse o atacante, que está na Alemanha, onde nesta sexta-feira a França vai enfrentar Portugal pelas quartas de final da Eurocopa-2024.
Embora Mbappé não tenha citado o RN durante a sua resposta, deixou a entender que se referia à extrema direita logo antes de responder o jornalista que lhe fez a pergunta. Ao procurá-lo com os olhos, o repórter lhe indicou que estava “na extrema esquerda”. “Que bom, felizmente você não está do outro lado”, respondeu o atacante.
Em meados de junho, o capitão da seleção francesa já havia criticado a extrema direita e pedido aos jovens que fossem votar.
Desde que chegaram à Alemanha, os jogadores da seleção francesa têm sido frequentemente questionados sobre as eleições legislativas e uma eventual vitória do partido de extrema direita no final do segundo turno, que acontece no domingo.
Marcus Thuram e Jules Koundé pediram claramente para que o RN seja enfrentado, enquanto o meia Aurélien Tchouaméni se posicionou “contra os extremos”, como Mbappé havia feito inicialmente.
Os outros jogadores da seleção questionados sobre o assunto se contentaram em fazer apelos a favor do comparecimento às urnas.
O presidente da Federação Francesa de Futebol, Philippe Diallo, disse na quarta-feira (3) à AFP que não houve “divergências” com os jogadores da seleção nacional e que a sua organização garante “liberdade de expressão”, embora tenha lembrado o “dever de neutralidade” da entidade.