Esquema de compra de votos em Lauro Müller: 23 pessoas são indiciadas pela Polícia Civil

Publicado em: 24 de junho de 2025

Esquema de compra de votos em Lauro Müller: 23 pessoas são indiciadas pela Polícia Civil

A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Lauro Müller, concluiu uma investigação que apurava um esquema de compra e venda de votos durante as eleições municipais realizadas em outubro de 2024. A apuração teve início após o recebimento de uma denúncia formal, que levou à abertura de inquérito policial para esclarecer os fatos.

De acordo com a polícia, a investigação envolveu diversas diligências, incluindo dezenas de entrevistas, além de buscas e apreensões em residências de suspeitos. A análise das provas coletadas permitiu a elaboração de relatórios detalhados que sustentam a conclusão do inquérito.

As investigações revelaram a existência de um grupo organizado com o objetivo de realizar “acertos” eleitorais. Essas negociações consistiam em visitas domiciliares a eleitores nas semanas que antecederam o pleito, com o objetivo de convencê-los a votar em determinados candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador, em troca de vantagens indevidas como dinheiro em espécie, cestas básicas, combustível e outros benefícios.

Segundo a Polícia Civil, os recursos usados para financiar o esquema eram provenientes da família de um dos candidatos ao cargo de prefeito nas eleições de 2024.

Com base nas provas obtidas, foram indiciadas 23 pessoas. Destas, 15 foram responsabilizadas pelos crimes de corrupção eleitoral (artigo 299 da Lei 4.737/65) e associação criminosa (artigo 288 do Código Penal), enquanto 8 foram indiciadas apenas por corrupção eleitoral.

O inquérito foi finalizado e encaminhado à Justiça Eleitoral, que deverá remeter o caso ao Ministério Público Eleitoral. Caberá ao órgão avaliar se há elementos suficientes para a propositura de ação penal contra os envolvidos.

O delegado de Lauro Müller, Flávio Lima e Silva Junior, informou que, por enquanto, não serão divulgados nomes ou detalhes que possam identificar os investigados, em respeito ao sigilo do processo.

A reportagem apurou de forma extra-oficial que um dos indiciados seria o atual prefeito de Lauro Müller, Valdir Fontanella.

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