Publicado em: 20 de maio de 2024
Foto: Reprodução/redes sociaisInabilitada pelo regime venezuelano de concorrer às eleições, María Corina Machado percorre o país e faz campanha pelo candidato Edmundo González Urrutia — um ex-diplomata de 74 anos, autorizado a representar a oposição, pela Plataforma Unitária Democrática.
Abraçada a um pôster do candidato num dos comícios no estado de Trujillo, no noroeste do país, María Corina aponta para o rosto dele e pergunta: “Em 28 de julho todo mundo vai votar em…?”. A multidão responde em coro, respeitando a rima: “Edmundo!”
Assim, por meio da principal adversária política de Nicolás Maduro, Edmundo González é apresentado aos eleitores nas localidades mais afastadas dos centros urbanos. A apenas dez semanas das eleições, o candidato da coalizão opositora só iniciou as viagens pelo país no sábado (18), começando pelo estado de Aragua, mais precisamente por La Victoria, sua cidade natal.
Desconhecido dos venezuelanos, González Urrutia é o candidato que restou à oposição, já que a historiadora Corina Yoris, indicada por María Corina Machado para substituí-la, também foi impedida de registrar sua candidatura no Conselho Nacional Eleitoral.
Até ser escolhido de última hora para concorrer às eleições, ele nunca havia ocupado um cargo eletivo e sequer fazia planos para entrar na política. Na cédula eleitoral apresentada pelo CNE, González Urrutia está em desvantagem.
O rosto de Maduro ocupa a primeira fila de candidatos e aparece 13 vezes, representando o número de partidos políticos que apoiam sua candidatura. O candidato opositor aparece três vezes, mas só no meio da segunda fila.
Nesta campanha atípica, em que pela primeira vez o chavismo corre um risco real de ser desbancado, María Corina tem atuado como o maior cabo eleitoral do agora principal concorrente de Maduro.
Via G1