Frente fria chega ao Sul com risco de temporais severos antes do Natal

Sistema que avança a partir deste domingo (21) pode trazer mais de 100 mm de chuva, ventos de 100 km/h e granizo para os três estados da região.

Uma nova frente fria avança sobre a região Sul do Brasil neste domingo, 21 de dezembro, trazendo risco de tempo severo na semana que antecede o Natal. De acordo com meteorologistas, o sistema deve provocar chuvas intensas, temporais e rajadas de vento que podem atingir 100 km/h. Há ainda a possibilidade de queda de granizo, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul.

A instabilidade começa no Rio Grande do Sul pela manhã e se espalha para o oeste de Santa Catarina e do Paraná ao longo da tarde e noite. A previsão indica que a frente fria terá dificuldade de progredir rapidamente, o que fará com que as chuvas persistam durante vários dias. Até a véspera de Natal, a quarta-feira (24), os acumulados de chuva podem chegar a 200 mm em pontos do oeste gaúcho.

Os três estados do Sul — Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná — estão na área de maior atenção. A combinação de calor e umidade que antecede a frente fria potencializa a formação de tempestades severas. Para o dia 25, a previsão é de um Natal chuvoso na maior parte da região Sul, com instabilidades que devem continuar afetando os estados. A Defesa Civil orienta a população a acompanhar os alertas oficiais e a evitar áreas de risco durante os temporais.

Saiba mais:
O evento meteorológico desta semana ocorre em um contexto de aumento na frequência e intensidade de fenômenos extremos no Sul do Brasil, especialmente durante o verão. Apenas no início de dezembro, um ciclone extratropical causou “perigo extremo” no Rio Grande do Sul, com ventos superiores a 100 km/h que resultaram em danos em diversas cidades. Especialistas apontam que a infraestrutura da região tem sido repetidamente desafiada por esses eventos, que causam desde interrupções prolongadas de energia até prejuízos bilionários. Historicamente, o trimestre de dezembro a fevereiro concentra o pico de ocorrências de desastres no estado de Santa Catarina, marcado por chuvas volumosas em curtos intervalos de tempo e ventanias intensas. Este padrão alerta para a necessidade de adaptação e preparo contínuos diante de um clima cada vez mais instável.