Publicado em: 3 de novembro de 2025
Jéssica, de 33 anos, já havia registrado queixa por agressões do parceiro, que agora está preso. Comunidade local fez vigília em homenagem à brasileira.
A catarinense Jéssica Stapazzolo Custodio de Lima, de 33 anos e natural de Içara, foi brutalmente assassinada a facadas em Castelnuovo del Garda, no norte da Itália. O principal suspeito é seu companheiro, o também brasileiro Douglas Reis Pedroso, de 41 anos, que, segundo a imprensa italiana, ligou para a polícia na noite de 27 para 28 de outubro, confessou parcialmente o crime e ameaçou suicídio. O corpo de Jéssica foi encontrado no apartamento do casal com múltiplos ferimentos por arma branca.
A vítima, que possuía dupla cidadania brasileira e italiana e vivia na Europa há anos, já havia registrado queixa contra Douglas por agressões e maus-tratos. Ela deixou uma filha de um relacionamento anterior. O Consulado-Geral do Brasil em Milão confirmou que acompanha o caso e mantém contato com as autoridades policiais locais, seguindo os protocolos das legislações internacional e nacional.
A tragédia causou comoção na comunidade local. Na quinta-feira (30), a prefeitura de Castelnuovo del Garda organizou uma vigília em memória de Jéssica, que reuniu centenas de pessoas em uma praça da cidade em solidariedade à família e amigos da brasileira. O suspeito permanece preso.
Saiba mais:
O feminicídio na Itália é um problema social grave. Dados do Instituto Nacional de Estatística italiano (Istat) indicam que, em média, uma mulher é assassinada a cada três dias no país. Muitos desses crimes, como o de Jéssica, ocorrem no contexto de violência doméstica, praticada por parceiros ou ex-companheiros. A morte da catarinense reflete um padrão alarmante que tem mobilizado debates e protestos por toda a Europa, exigindo políticas mais efetivas de proteção às mulheres.