Publicado em: 16 de março de 2024
Foto: Agência ALA cada cinco anos a baleia franca volta a ser debatida em Santa Catarina, isso porque é o prazo de revisão do Plano de Manejo da área de Proteção Ambiental da Baleia Franca – APA DA BALEIA FRANCA. E 2024 é o ano para uma nova revisão da APA, por isso, o assunto sobre sua importância e necessidade para a região vem vindo cada vez mais à tona.
Por isso, no início deste mês, o deputado estadual Volnei Weber protocolou na Assembleia Legislativa um requerimento solicitando a criação de uma Comissão Mista para tratar sobre este Plano de Manejo da área de Proteção Ambiental da Baleia Franca. Dentro da solicitação de Weber, a Comissão será formada por membros das comissões de Pesca e Aquicultura, de Turismo e Meio Ambiente e de Assuntos Municipais e tem um prazo de 60 dias para debater o assunto.
“A APA da Baleia Franca é fundamental para a região, não apenas pela proteção dos animais, mas também por conta de sua importância turística, uma vez que todos os anos milhões de visitantes se deslocam até o local para contemplar esse espetáculo da natureza. É o turismo alinhado à preservação ambiental que precisa ser debatida com todos para que continuem sendo protegidos e preservados”, explica o parlamentar.
A APA foi criada em 2000 com o objetivo de proteger a baleia franca, além de ordenar e garantir o uso racional dos recursos naturais da região, a ocupação e utilização do solo e das águas, bem como ordenar o uso turístico e recreativo, atividades de pesquisa e o tráfego local de embarcações e aeronaves.
A área tem 156 mil hectares e 130 km de costa marítima e abrange dez municípios, são eles: Içara, Florianópolis, Garopaba, Imbituba, Jaguaruna, Laguna, Palhoça, Paulo Lopes, Tubarão e Balneário Rincão.
A principal importância dessa área é porque ela está relacionada à reprodução da baleia franca austral, que migram todos os anos de suas áreas de alimentação nas ilhas Geórgias do Sul até o local, por conta de suas águas mais quentes, para acasalamento e nascimento de filhotes, entre os meses de maio e novembro.
“Recebi esse pedido por meio da Câmara de Vereadores do município de Jaguaruna e visto sua importância protocolamos esse requerimento, que já está tramitando nas comissões da ALESC. Tenho a certeza de que será aprovado e, assim, poderemos debater esse tão relevante assunto com a participação da sociedade em geral, por meio de audiências públicas, além da discussão no Parlamento catarinense”, finaliza Weber.