Violência contra cães comunitários acende alerta sobre segurança no Centro de Criciúma

Publicado em: 28 de outubro de 2025

Violência contra cães comunitários acende alerta sobre segurança no Centro de Criciúma

Casos de agressões e abuso sexual contra animais repercutem nacionalmente e levantam debate sobre a sensação de insegurança no coração da cidade.

Três casos de extrema crueldade contra cães comunitários abalaram a população do Centro de Criciúma e ganharam destaque nacional. Em um dos episódios mais chocantes, o cão Eduardo foi agredido e violentado sexualmente, precisando ser resgatado no bairro Vera Cruz e submetido a cuidados veterinários. Os demais ataques, segundo relatos, também teriam ocorrido na região central, acendendo um sinal de alerta que vai além da proteção animal.

A revolta com os ataques canalizou um descontentamento maior da comunidade. A professora Rosane Machado de Andrade, da ONG Pipa, defende que a questão central é a segurança pública. “Uma pessoa que maltrata um animal, que abusa de um animal, faz isso também com o ser humano. Não são os cães que vão afastar a clientela do comércio, é a falta de segurança”, desabafou. O tema chegou à tribuna da Câmara de Vereadores, onde o parlamentar Daniel Cipriano (PSDB) manifestou indignação e destacou o abandono prévio dos animais, que se tornaram de cuidados comunitários.

A indignação se mistura à impotência, já que nenhum autor dos crimes foi preso até o momento. Informações dão conta de que um dos agressores seria um “homem de posse”, enquanto os outros casos, incluindo o abuso sexual, estariam ligados a moradores em situação de rua. A situação expõe a fragilidade no cumprimento das leis de proteção animal e coloca a administração pública no centro das cobranças por soluções.


Saiba mais:

A ligação entre crueldade animal e violência interpessoal é reconhecida há décadas por estudos criminológicos. O FBI, nos Estados Unidos, já inclui maus-tratos a animais como um indicador de personalidades violentas, utilizados na avaliação de serial killers. No Brasil, a Lei 14.064/2020, conhecida como “Lei Sansão”, aumentou a pena para esse tipo de crime, que agora é de dois a cinco anos de reclusão. Especialistas apontam que ambientes onde a violência contra animais é tolerada frequentemente se tornam cenários propícios para o escalonamento da criminalidade, afetando a segurança coletiva.

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