Publicado em: 16 de agosto de 2025
Câmeras flagram onda de vandalismo em asfalto, lixeiras e outros locais públicos; ação teria motivação passional e virou polêmica nas redes.
Na madrugada de sexta-feira (15), um ato de vandalismo surpreendeu Orleans. Câmeras de segurança registraram duas mulheres em um Jeep de cor clara realizando pichações em diversos pontos da cidade, incluindo vias públicas, lixeiras e muros de áreas residenciais. Enquanto uma permanecia ao volante, a outra descia do veículo para escrever frases ofensivas com spray. A ação, que durou cerca de cinco minutos, revelou um padrão: além do asfalto em frente a uma casa específica e de uma lixeira, outros locais foram alvo dos grafites, indicando uma investida ampla e premeditada.
O caso vai além do dano ao patrimônio. Pichar múltiplos espaços públicos (asfalto, lixeiras, muros) configura crime de dano qualificado (art. 163 do CP), com pena de 1 a 6 meses de detenção ou multa. As mensagens ofensivas — supostamente direcionadas a uma vítima — também podem caracterizar injúria (art. 140, CP), difamação (art. 139, CP) e até calúnia (se houve falsa acusação), com penas que variam de 3 meses a 2 anos de prisão. A Polícia Civil investiga os registros para identificar as autoras e mensurar a extensão dos prejuízos.
O episódio explodiu nas redes sociais e é o assunto dominante em grupos de WhatsApp e “rodas de fofoca” de Orleans. Segundo os rumores, as pichações em vários locais seriam uma represália contra uma suposta traição conjugal. A vítima — ainda não identificada oficialmente — teria comentado em círculos próximos que o ataque foi uma “vingança” por ter se envolvido com o parceiro de uma das autoras. A exposição pública e a dimensão do vandalismo agravaram o constrangimento. Para especialistas, o caso serve de alerta: justiça com as próprias mãos gera danos coletivos e transforma acusações em processos judiciais.