Publicado em: 24 de dezembro de 2025
Valor, que representa um aumento de R$ 103, entra em vigor no primeiro dia útil do ano e impacta pagamentos a partir de fevereiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (24) o decreto que estabelece o novo salário mínimo nacional. Publicado no Diário Oficial da União, o texto fixa o valor em R$ 1.621, a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2026. O aumento é de R$ 103, o que corresponde a um reajuste de 6,79% em relação ao piso de 2025, que era de R$ 1.518. Com a mudança, o valor diário passará a R$ 54,04 e o valor horário, a R$ 7,37.
O reajuste segue a Política de Valorização do Salário Mínimo, que garante ganho real ao trabalhador. A regra, vigente desde 2023, determina que o piso seja corrigido pela inflação do período, medida pelo INPC (4,18%), mais o crescimento real do PIB de dois anos antes (3,4% em 2024). No entanto, um limite do arcabouço fiscal restringe o ganho real máximo a 2,5% acima da inflação, o que resultou no valor final. O valor confirmado ficou abaixo das projeções iniciais do governo, que estimavam R$ 1.630, reflexo de uma inflação menor que a esperada.
O novo valor tem impacto direto na economia e no orçamento de milhões de famílias. Estima-se que quase 60 milhões de pessoas tenham seus rendimentos atrelados ao mínimo, incluindo cerca de um terço dos trabalhadores ativos e beneficiários da Previdência Social. Economistas projetam que o aumento da renda disponível deve estimular o consumo, especialmente no comércio local, aquecendo a economia já no primeiro trimestre de 2026.
Saiba mais:
A trajetória de valorização elevou o salário mínimo em 33,7% em quatro anos, passando de R$ 1.212 em 2022 para o novo patamar de 2026. É importante notar que cinco estados brasileiros (PR, RJ, RS, SC e SP) possuem salários mínimos regionais, que podem ser superiores ao piso nacional. Em um contexto latino-americano, o Brasil se destaca por ter um dos pisos mais altos em valor absoluto e por seu amplo alcance, servindo como referência para uma parcela significativa da população. Enquanto cerca de 30% a 35% dos trabalhadores brasileiros recebem um salário mínimo, em países como Peru e Colômbia, a alta informalidade faz com que o piso oficial tenha um impacto social muito mais restrito.

11 de novembro de 2024

24 de dezembro de 2025