Publicado em: 19 de outubro de 2025
Fortes ventos que atingiram Santa Catarina entre sábado (18) e domingo (19) causaram uma sequência de estragos em diversas cidades. A Defesa Civil estadual registrou rajadas que chegaram a 100 km/h em Urupema, na Serra. Na capital, Florianópolis, os ventos alcançaram 83 km/h, resultando em 18 ocorrências, incluindo a queda de uma estrutura de tendas no Centro de Formação de Atletas do Avaí, que deixou uma pessoa ferida. Além de destelhamentos e quedas de árvores, houve significativos danos à rede elétrica.
Os efeitos do temporal foram sentidos em todo o litoral. Em Itajaí, o telhado de uma casa desabou, deixando dez pessoas desalojadas. Já em Bombinhas, uma embarcação ficou à deriva, enquanto em Balneário Barra do Sul um barco chegou a virar no mar, exigindo o resgate de um homem. O fornecimento de energia também foi severamente afetado, com mais de 28 mil unidades consumidoras sem luz no pico do temporal, sendo Florianópolis, Criciúma, Itajaí e Blumenau as mais impactadas.
Saiba mais:
A fúria dos ventos na Serra e no Litoral
A intensidade dos ventos em Santa Catarina não é um fenômeno isolado. A Serra catarinense, onde Urupema registrou os 100 km/h, é historicamente uma das regiões mais suscetíveis a fortes rajadas devido à sua topografia acidentada, que canaliza e acelera o fluxo de ar proveniente de sistemas meteorológicos intensos, como as frentes frias e os ciclones extratropicais – comum nesta época do ano. Esses mesmos sistemas, ao se deslocarem para o oceano, geram ventos fortes e ondas altas que atingem o litoral, explicando os estragos em cidades como Itajaí e Balneário Barra do Sul. Eventos semelhantes, embora não sempre com a mesma intensidade, são registrados com certa frequência no estado, demandando constante monitoramento por parte da Defesa Civil.
