Publicado em: 13 de novembro de 2025
Investigação da PF e CGU, com mandados também em outros 14 estados, aponta prejuízo de até R$ 1,7 bilhão aos cofres públicos.
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram nesta quinta-feira (13) uma grande operação contra um esquema de fraudes que causou um prejuízo de até R$ 1,7 bilhão ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Com mandados em Santa Catarina e em outros 14 estados, a “Operação Sem Desconto” cumpriu 63 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão preventiva.
A investigação apura a atuação de uma organização criminosa que inseriu dados falsos nos sistemas oficiais para conceder descontos associativos indevidos em aposentadorias e pensões. Entre os presos está o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, que comandou a autarquia entre 2021 e 2022. Os crimes investigados incluem inserção de dados falsos, estelionato previdenciário, corrupção e ocultação de patrimônio.
Além de Santa Catarina, os mandados foram cumpridos no Distrito Federal e nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. A PF não divulgou as cidades catarinenses que são alvo das diligências.
Saiba mais:
Esquemas de “descontos associativos” fraudulentos no INSS exploram uma falha na gestão de benefícios. A fraude consiste em simular o desconto de mensalidades sindicais para que segurados “pulem” a fila de análise ou tenham benefícios aprovados de forma irregular. A prática, que se tornou mais evidente a partir de 2019, já foi alvo de outras operações da PF, revelando um problema estrutural e recorrente na autarquia, com prejuízos que corroem o sistema previdenciário.
