Publicado em: 11 de dezembro de 2024
Foto: PF/Divulgação/NDA Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta quarta-feira (11) a operação Palíndromo, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa, composto por diversas empresas e investigada por operar câmbio sem autorização legal, cometer evasão de divisas, além de lavagem de dinheiro e fraudes no comércio exterior. O esquema tinha como base a cidade de Joinville, no Norte de Santa Catarina.
De acordo com a PF, estão sendo cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, contra seis pessoas físicas e seis empresas. Os alvos incluem endereços residenciais e comerciais nas cidades de Joinville e Itajaí.
Também foi determinado o sequestro de aproximadamente R$ 20,7 milhões em bens, como embarcações, veículos de luxo, imóveis e ativos financeiros bloqueados em contas bancárias.
O esquema envolvia operações de trading no comércio internacional, em que a principal empresa investigada oferecia serviços de câmbio sem autorização legal. De acordo com a investigação, recursos eram enviados ilicitamente ao exterior através de pagamentos de importações com documentação falsa ou antiga, antecipação fraudulenta de câmbio e pagamentos a terceiros não relacionados ao negócio.
Essas ações visavam a cobrir subfaturamento de mercadorias e dissimular a origem, destino e propriedade de valores, bens e direitos, utilizando técnicas de lavagem de dinheiro como mescla, blindagem patrimonial, manutenção de sócios ocultos e empresas de fachada.
Os crimes investigados incluem operar instituição financeira sem autorização, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, integração de organização criminosa e fraudes na importação de mercadorias. As penas máximas para esses crimes podem chegar a 32 anos de reclusão.
O nome da operação Palíndromo faz referência a uma sequência numérica que se lê da mesma forma de trás para frente, simbolizando a tentativa de ilusão e dissimulação praticada pelos envolvidos.