Mulher é rendida e agredida em assalto com extorsão em Jaguaruna

Publicado em: 22 de julho de 2025

Mulher é rendida e agredida em assalto com extorsão em Jaguaruna
Foto ilustrativa

Trio armado invadiu residência, amarrou a vítima e tentou extorquir familiares por videochamada.

Uma mulher de 34 anos foi rendida por três homens ao chegar em casa após o trabalho no bairro Camacho, em Jaguaruna (SC), nesta segunda-feira (21). Vestindo roupas escuras e gorros, os criminosos forçaram-na a entrar no imóvel. Dentro da residência, exigiram R$ 3 mil e reviraram pertences. A vítima mostrou extratos bancários para comprovar a falta do valor, mas foi agredida com um soco, amarrada e isolada em um canto.

Os assaltantes usaram seu celular para fazer videochamadas a contatos, incluindo a avó da mulher, tentando extorquir dinheiro. Uma tentativa de transferência de R$ 500 por Pix falhou quando uma familiar desconfiou. Após a frustração, fugiram com um relógio dourado, deixando o celular cair na sacada. O veículo de fuga era um Corsa prata antigo. A polícia investiga o caso, que teve indícios de conhecimento prévio da rotina da vítima.

VIOLÊNCIA DE GÊNERO EM NÚMEROS
Dados nacionais revelam cenário alarmante:
– Feminicídios: Atingiram 3.903 mulheres em 2023 (10 mortes por dia), com aumento de 2,5% em relação a 2022. Roraima lidera as taxas (10,4/100 mil habitantes) .

– Ambiente doméstico: 35% dos homicídios femininos ocorrem na própria casa, espaço que deveria ser seguro .

– Medidas protetivas: Saltaram de 338.398 (2020) para 851.958 (2024), alta de 151,7%. O crescimento sugere redução na subnotificação, mas expõe falhas regionais: Maranhão registrou apenas 3 medidas em 2025, enquanto São Paulo teve 60 mil .

– Perfil racial: Mulheres negras são 68,2% das vítimas de homicídio, com taxas críticas em Pernambuco (7,2/100 mil) .

Contexto judicial: Em 2024, a Justiça julgou 10.991 casos de feminicídio – 225% a mais que em 2020. O tempo médio para concessão de medidas protetivas caiu de 16 para 5 dias, mas a lentidão em processos de violência doméstica mantém 1,3 milhão de casos pendentes .

ANÁLISE: CRIME REFLETE PADRÃO ESTRUTURAL
O assalto em Jaguaruna segue um roteiro comum: invasão domiciliar, agressão física e psicológica, e uso de laços afetivos para extorsão. A menção dos criminosos a detalhes da vida da vítima reforça a tática de vigilância prévia, também observada em sequestros no RS, onde grupos monitoravam agiotas .

Especialistas apontam que a violência de gênero se alimenta de desigualdades históricas. Como destaca Raphaella Reis, da DeFEMde:
“Temos instituições falhando deliberadamente na proteção das mulheres. É preciso responsabilização coletiva”.

Apesar dos avanços no Judiciário, o Atlas da Violência 2025 alerta que meninas de 0 a 14 anos são 25% das vítimas de violência doméstica, predominando negligência (49,5%) e abuso sexual (45,7% na faixa de 10-14 anos) . Urgem políticas que combinem repressão qualificada e redes de acolhimento multidisciplinares.

Box Informativo
Onde buscar ajuda:
– Ligue 180: Central de atendimento à mulher
– Painel do CNJ: Localize varas especializadas e salas de acolhimento em [cnj.jus.br]

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