MPSC investiga se houve negligência médica em morte de criança por dengue

Publicado em: 1 de abril de 2024

MPSC investiga se houve negligência médica em morte de criança por dengue

O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) instaurou uma notícia de fato para apurar se houve negligência médica no atendimento a uma menina de 4 anos que morreu por um quadro de dengue grave, em Barra Velha.

A família alega que a menina Sofia Emanueli Ribeiro Pereira estava com dengue grave e não recebeu atendimento adequado na unidade de pronto atendimento 24 horas da cidade.

Segundo consta na notícia de fato, a menina teria sido atendida em três ocasiões e liberada para retornar para casa. Após a última consulta, ela morreu devido a complicações associadas à doença.

A 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Barra Velha solicita que a Secretaria Municipal de Saúde envie, no prazo de 48 horas, cópias de toda documentação referente aos atendimentos prestados à criança e forneça nome e cargo dos profissionais responsáveis pelos atendimentos.

O MPSC ainda pede que o Hospital e Maternidade Jaraguá, em Jaraguá do Sul, para onde a criança foi transferida e veio a óbito, faça a apresentação de cópias do prontuário médico referente ao caso da menina. O hospital tem o prazo de 48 horas para o envio da documentação.

Também foi solicitado que a Delegacia de Polícia da Comarca de Barra Velha instaure um inquérito policial para a apuração dos fatos, no prazo de cinco dias.

O Promotor de Justiça Renato Maia de Faria, titular da 1ª Promotoria de Justiça, destacou que o MPSC busca a completa elucidação dos fatos e a devida responsabilização dos envolvidos.

“O município de Barra Velha tornou pública a informação de que está promovendo a instauração de uma sindicância para averiguar os eventos em questão. Contudo, não impede a notícia de fato, uma vez que outras medidas são imprescindíveis e urgentes”, afirma.

A prefeitura também confirmou à reportagem que o prefeito já pediu o afastamento do médico até finalizar a sindicância.

Relembre o caso

Segundo a mãe de Sofia, Ana Maria, ela buscou atendimento três vezes no local. A primeira foi na última segunda-feira (25), quando Sofia apresentou febre de 39.7ºC. “Corri com ela pra lá e deram ficha laranja, tinha que ser atendida em 10 minutos, mas esperamos muito”, conta.

Em casa e já no dia seguinte, a família decidiu fazer o exame de dengue particular em uma farmácia, que deu positivo. Além disso, seguiram o tratamento com suplementos e vitaminas. A mãe, porém, percebeu que a garota continuava muito inchada e retornou à unidade.

Sofia faleceu no hospital neste domingo (31). Na certidão de óbito, há a confirmação de que uma das causas da morte foi dengue D, o tipo mais grave da doença, além de insuficiência renal aguda e choque hemorrágico.

Segundo a mãe, o sentimento é de injustiça. “Eu confiei no médico. Um exame ele podia ter salvo minha filha. Deveria ter pedido um exame para saber a gravidade da dengue. Era isso que precisava para interná-la”, desabafa.

Em casa e já no dia seguinte, a família decidiu fazer o exame de dengue particular em uma farmácia, que deu positivo. Além disso, seguiram o tratamento com suplementos e vitaminas. A mãe, porém, percebeu que a garota continuava muito inchada e retornou à unidade.

Sofia faleceu no hospital neste domingo (31). Na certidão de óbito, há a confirmação de que uma das causas da morte foi dengue D, o tipo mais grave da doença, além de insuficiência renal aguda e choque hemorrágico.

Segundo a mãe, o sentimento é de injustiça. “Eu confiei no médico. Um exame ele podia ter salvo minha filha. Deveria ter pedido um exame para saber a gravidade da dengue. Era isso que precisava para interná-la”, desabafa.

Via ND

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