Publicado em: 6 de janeiro de 2025
Amostras altíssimas de arsênio foram encontradas em um saco de farinha que teria sido usado para produzir o bolo que matou três pessoas no Rio Grande do Sul no dia 23 de dezembro. Uma das motivações do crime, conforme as investigações, seriam “pequenas divergências familiares” que aconteceram há 20 anos. A informação foi divulgada pela Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (6) em uma coletiva de imprensa.
— Foram identificadas concentrações altíssimas de arsênio nas três vítimas. Tão elevadas que são tóxicas e letais. Para se ter ideia, 35 microgramas já são suficientes para causar a morte de uma pessoa. Em uma das vítimas, havia concentração 350 vezes maior — diz Marguet Mittman, diretora do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Ainda de acordo com Marguet, foram coletadas 89 amostras na casa de mulher que fez o bolo. Em uma delas, havia alta concetração de arsênio.
Neste domingo (5), uma pessoa foi presa suspeita de envenenar a sobremesa. Segundo apurado pela GZH, ela é nora da mulher que fez o bolo. A Polícia Civil ainda não esclareceu como foi feita a contaminação da farinha ou como o veneno foi comprado. A contaminação por causas naturais também foi descartada.
O delegado responsável pelo caso, Marcus Vinícius Veloso, informou que são “robustas as provas que apontam que ela (a nora) é a autora”. Detalhes não foram divulgados para não atrapalhar as investigações.
Entenda o caso do bolo contaminado
Três pessoas morreram após consumirem um bolo contaminado com arsênio no dia 23 de dezembro. O doce foi feito por Zeli dos Anjos, de 61 anos, que segue internada na UTI em estado estável. Uma criança que também consumiu a sobremesa chegou a ficar internada por vários dias, mas já recebeu alta e se recupera em casa.
Três pessoas morreram por intoxicação: Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, e Maida Berenice Flores da Silva, 59 anos, irmãs de Zeli, além de Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47 anos, filha de Neuza.
A presença de arsênio no sangue das vítimas foi constatada após exames. Ainda não foi divulgado como a suspeita teve acesso ao veneno, já que a venda da substância é proibida no Brasil.
Via NSC Total
25 de novembro de 2024