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11 de novembro de 2024
Publicado em: 25 de novembro de 2024
Foto: AP Photo/Francisco SecoO grupo extremista Hezbollah disparou pelo menos 185 foguetes e outros projéteis contra Israel neste domingo (24), ferindo sete pessoas, no maior bombardeio do grupo em vários dias.
O ataque foi uma resposta ao bombardeio israelense que deixou 29 mortos em Beirute no sábado (23), enquanto negociadores se esforçam para um acordo de cessar-fogo que interrompa a guerra.
O exército israelense disse que alguns dos projéteis disparados neste domingo foram interceptados.
O serviço de resgate de Israel citou pelo menos sete feridos, incluindo um homem de 60 anos em estado grave, após disparos de foguetes no norte do país, e um homem de 23 anos levemente ferido por uma explosão na cidade central de Petah Tikva.
Em Haifa, um foguete atingiu um prédio residencial que agora corre risco de desabamento, segundo a polícia. Não está claro se os ferimentos ou os danos foram causados por foguetes ou interceptadores.
Sirenes soaram novamente no centro e norte de Israel horas depois.
Ataques de Israel mataram 29 pessoas em Beirute
Ataques aéreos israelenses sem aviso prévio no sábado atingiram o centro de Beirute, matando pelo menos 29 pessoas e ferindo 67, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano.
Fumaça tomou conta dos céus de Beirute novamente neste domingo após novos ataques. O exército israelense disse que teve como alvo centros de comando do Hezbollah nos subúrbios ao sul de Dahiyeh, onde os militantes têm uma forte presença.
Enquanto isso, um ataque israelense a um centro do exército libanês matou um soldado e feriu outros 18 na estrada costeira sudoeste entre as cidades de Tiro e Naqoura, disseram os militares do Líbano.
Os militares de Israel expressaram pesar e disseram que o ataque ocorreu em uma área de combate contra o Hezbollah, acrescentando que suas operações são direcionadas exclusivamente contra os militantes do grupo.
Ataques israelenses mataram mais de 40 militares libaneses desde o início da guerra entre Israel e o Hezbollah, mesmo com as Forças Armadas do Líbano se mantendo, em grande parte, à margem do conflito.
O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, condenou o bombardeio israelense como um ataque aos esforços de cessar-fogo liderados pelos Estados Unidos, classificando-o como uma “mensagem direta e sangrenta rejeitando todos os esforços e contatos” para acabar com a guerra.
Mais de 3.700 libaneses morreram em ataques
O Hezbollah começou a disparar foguetes, mísseis e drones contra Israel depois do início da guerra entre o governo israelense e o Hamas, em outubro de 2023. Segundo o Hezbollah, esses ataques são um ato de solidariedade aos palestinos e ao Hamas. O Irã apoia ambos os grupos armados.
Em setembro, o conflito de baixa intensidade explodiu em guerra quando Israel lançou ondas de ataques aéreos em várias partes do Líbano e matou o principal líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, além de outros comandantes importantes.
Ataques israelenses já mataram mais de 3.700 pessoas no Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde do país. Os combates deslocaram cerca de 1,2 milhão de pessoas, ou um quarto da população do Líbano.
Do lado israelense, cerca de 90 soldados e quase 50 civis foram mortos por bombardeios no norte de Israel, e em batalha, após a invasão terrestre que Israel executou no início de outubro. Cerca de 60 mil israelenses foram deslocados do norte do país.
Via G1
11 de novembro de 2024