Grupo de SC salva centenas de animais e encontra ‘cenário de guerra’ no RS

Publicado em: 7 de maio de 2024

Grupo de SC salva centenas de animais e encontra ‘cenário de guerra’ no RS
Foto: GOR / Divulgação

De forma voluntária, o GOR (Grupo de Operações e Resgate) de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, está atuando em missão de salvamento e atendimento, especialmente de animais, no Rio Grande do Sul desde a última quinta-feira (2).

O grupo é composto por cinco socorristas, incluindo um médico-veterinário, e uma embarcação. A ação dos voluntários catarinenses se concentra principalmente nas cidades de Porto Alegre e Canoas, fortemente atingidas pelas cheias.

“Nossa equipe resgatou centenas de pessoas e de animais. Trabalhou 24 horas direto. Um cenário realmente de guerra. Já participamos de várias enchentes auxiliando, mas nada nessa magnitude. É um cenário de destruição total. Acordamos às 5h já com barulho de helicóptero, sirene. A todo momento chega pedido de resgate de animal, de pessoas que estão ilhadas ou precisando de atendimento emergencial”, conta Pedro Henrique da Silva, presidente do GOR.

A equipe chegou ao Rio Grande do Sul na quinta-feira e retornou a Santa Catarina nessa segunda-feira (6) para buscar medicamentos, ração e mais ajuda humanitária. Eles voltarão ainda nesta terça-feira (7) para o município de Canoas.

“Pedimos que as pessoas, dono de agropecuárias, empresas que trabalham com rações, doem milho picado, milho inteiro, ração para cavalo. Temos diversos animais na rodovia e ilhados ainda que precisam desses mantimentos. São animais de grande portes e infelizmente eles não possuem mais pasto”, informa Silva.

“Milhares de animais mortos”, diz socorrista
O número de mortes no estado subiu para 90 nesta terça-feira. Além disso, 155.741 pessoas estão desalojadas e mais de 1 milhão sofreram danos. Outros 4 óbitos ainda estão sendo investigados. Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 388 foram atingidos pelas enchentes.

“Infelizmente, a gente se deparou com milhares de animais mortos. Tentamos ajudar o máximo que podíamos, porém os resgates eram muitos e precisávamos a todo momento de barcos com motor, a remo. Estamos dando o nosso melhor”, diz o presidente do GOR.

Via ND

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