Fim da farra: Governo impõe limite à antecipação do saque-aniversário do FGTS

A partir de 1º de novembro, novas regras restringem o crédito para trabalhadores, com parcelas entre R$ 100 e R$ 500 e carência obrigatória de 90 dias.

O Conselho Curador do FGTS aprovou mudanças significativas na antecipação do saque-aniversário, que começam a valer em 1º de novembro. A medida busca conter o endividamento dos trabalhadores e evitar que os recursos do fundo sejam direcionados majoritariamente aos bancos. De acordo com o Ministério do Trabalho, a expectativa é que R$ 84,6 bilhões deixem as instituições financeiras e permaneçam com os cotistas até 2030.

As novas regras estabelecem um limite por parcela antecipada entre R$ 100 e R$ 500. Durante o primeiro ano de transição, será possível antecipar até cinco parcelas (total de R$ 2.500), passando para três parcelas posteriormente. Outra alteração importante é a carência de 90 dias entre a adesão ao saque-aniversário e a primeira contratação de empréstimo – atualmente, 26% das antecipações ocorrem no mesmo dia.

Para o governo, a antecipação do saque se transformou em uma “armadilha” financeira para os trabalhadores. A modalidade, criada em 2019, é opcional, mas quem adere perde o direito de sacar o saldo integral se for demitido sem justa causa. Dados oficiais mostram que 13 milhões de trabalhadores têm valores bloqueados, somando R$ 6,5 bilhões, porque anteciparam os saques e depois foram demitidos.