Publicado em: 23 de agosto de 2024
Foto: Ilustrativa PixabayUma família que reside no bairro Mina Nova, no município de Lauro Müller, está há oito anos, desde que começaram a construir a casa, sem abastecimento de água encanada. Para fazer a limpeza de casa e as atividades da vida diária, eles utilizam reserva de água da chuva, já para outros fins como cozinhar, tomar banho é preciso se deslocar até a residência de parentes e encher dois tonéis com capacidade de armazenar 200L.
O morador do local, Hélio Sérgio Tavares, conta que desde que adquiriu o terreno vive esse transtorno. “A carretinha que eu uso já está até apodrecendo de tanta água que eu puxo”, relata. Atualmente na casa residem três pessoas: Hélio, de 66 anos, a esposa com 64 anos e que recentemente passou por uma cirurgia na coluna e precisou colocar parafusos e placa de platina. O casal tem também um filho deficiente com 36 anos.
Segundo Hélio, a Casan possui rede de água encanada próximo do local, porém como sua casa está em uma parte alta, a companhia alega que não é viável a instalação de rede até lá, pois o local, segundo os engenheiros, não receberia água por gravidade. De acordo com a Casan seria necessário a instalação de um equipamento bombeador, com custo estimado em R$ 60 mil, incluindo materiais, serviços e o equipamento.
“Eu procurei o escritório da Casan em Lauro Müller e o que me responderam foi que não iriam colocar porque a água não sobe aqui por gravidade e precisaria colocar um booster ou seja, uma bomba lá no início da estrada para bombear a água. Com a ajuda da vice-prefeita Soraya, fizemos um requerimento para o setor de engenharia da Casan e eles nos responderam a mesma coisa, que a água não chega aqui por gravidade e também que a companhia não tem obrigação de instalar rede de água na área rural”, lembrou Hélio.
O morador já buscou auxílio no Procon e também entrou com uma ação nas pequenas causas no Fórum, porém, a alegação do juiz foi a mesma do engenheiro da Casan.
No local uma outra família também construiu uma casa, mas sem uma rede de água encanada eles desistiram de se mudar para o local. “É uma pena, a rede da Casan está há uns 400 metros daqui e infelizmente eu preciso ficar carregando água”, comentou Hélio.
De duas a três vezes por semana, Hélio precisa realizar em torno de oito viagens carregando os tonéis de água para encher os reservatórios da casa. A água ele pega nas casas dos outros filhos que moram na parte baixa e mais próximos da estrada geral, onde passa a rede da Casan.
Hélio já procurou diversos órgãos para tentar encontrar uma solução para a falta de abastecimento contínuo de sua residência mas, até agora, nenhuma providência foi tomada.