Ex-vice-prefeito e mais 10 são indiciados por supostas fraudes em licitações

Eles estão sendo investigados por irregularidades em cidades como Tubarão e Capivari de Baixo.

O ex-vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski, é um dos 11 indiciados pela Polícia Civil na operação Dark Shark, que apura possíveis fraudes em licitações para serviços de iluminação pública no Sul de Santa Catarina.

Tokarski é suspeito de permitir a nomeação de gestores que atuavam em conjunto com empresários para manipular contratos e licitações na área de iluminação pública. Segundo o NSC Total, o inquérito sugere que Caio seria o “líder do grupo criminoso”.

O inquérito foi concluído em fevereiro e encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina.

De acordo com a reportagem publicada nesta quarta-feira (19), outro indiciado é o empresário João Eduardo Botega. O documento aponta que ele seria o responsável por empresas do setor de iluminação e materiais elétricos que venceram licitações nas prefeituras de Tubarão e Capivari de Baixo. A Polícia Civil afirma que Botega abriu outras empresas e usou pessoas (os chamados “laranjas”)  para fraudar repetidamente as licitações, conforme o relatório final da investigação.

Segundo a polícia, ele teria contado com o apoio de agentes públicos para realizar as fraudes.

O caso veio à tona com a Operação Dark Shark, deflagrada em julho de 2023. Na ocasião, a Polícia Civil afirmou que os contratos investigados ocorreram entre 2017 e 2022 e somaram cerca de R$ 30 milhões.

Durante a operação, foram apreendidos cerca de R$ 300 mil em dinheiro e mais de R$ 7 milhões em cheques.

De acordo com os investigadores, Botega e outros empresários indiciados organizavam pré-acordos sobre preços para simular concorrência e garantir a vitória nas licitações.

Inicialmente, existiam dois grupos empresariais, mas as investigações indicam que eles se uniram para formar uma organização criminosa com pelo menos cinco pessoas envolvidas na fraude de licitações de iluminação e fornecimento de materiais elétricos.

Caio Tokarski também foi alvo e um dos detidos na Operação Mensageiro, que investiga irregularidades em contratos de coleta de lixo.

Nota oficial

Após a repercussão, a prefeitura de Capivari de Baixo emitiu uma nota oficial informando que não possui qualquer relação com a operação Dark Shark. Confira na íntegra:

“A Prefeitura de Capivari de Baixo informa que a atual gestão não possui qualquer ligação com os fatos relacionados à ‘Operação Dark Shark’, mencionada em matéria divulgada nesta quarta-feira (19) pela imprensa.

Diante das recentes informações divulgadas sobre a empresa, a Prefeitura de Capivari de Baixo informa que estará tomando as medidas jurídicas e administrativas a referida prestadora de serviço de iluminação pública.

A Prefeitura de Capivari de Baixo reitera seu compromisso com a transparência e o bem-estar da população, adotando todas as medidas necessárias para garantir a segurança e qualidade dos serviços prestados à comunidade”.

Fonte: NSC Total