El Niño ‘afrouxa’ após 28 semanas intensas e traz chuvas para o Sul do Brasil

Publicado em: 6 de março de 2024

El Niño ‘afrouxa’ após 28 semanas intensas e traz chuvas para o Sul do Brasil

Depois de meses de forte a muito forte intensidade, a fase mais intensa do El Niño de 2023-2024 chegou ao fim. Conforme dados analisados pela MetSul Meteorologia, o fenômeno passou a ser moderado após 28 semanas de atividade intensa com anomalia de temperatura positiva.

De acordo com o portal meteorológico, a anomalia positiva nesta área do Pacifico favorece mais chuva no Sul.

De acordo com a MetSul Meteorologia, ao passar para moderado, o El Niño deixas as anomalias de temperatura da superfície do mar entre 1ºC e 1,4ºC.

Ainda, ao longo dos mais de seis meses de intensa atividade, o fenômeno causava alterações da temperatura em patamares de forte a muito forte, com medições de 1,5ºC ou acima.

Conforme o último boletim da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, dos Estados Unidos, publicado na segunda-feira (4), a anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central (região Niño 3.4) está em 1,3ºC.

Conforme o órgão, essa condição mantém o fenômeno dentro da faixa de intensidade moderada.

Além disso, o portal meteorológico aponta que a última vez que o Pacífico Equatorial Centro-Leste esteve com valores na faixa de moderada intensidade foi na semana de 16 de agosto do ano passado.

Desde então, todas as semanas até 21 de fevereiro apresentaram anomalias de temperatura da superfície do mar na faixa de forte a muito forte, acima de 1,5ºC.

Já nos Litorais do Peru e Equador, no Pacífico Equatorial, a região chamada de Niño 1+2 estava no final do mês de fevereiro com anomalia de +0,79ºC.

Anomalia positiva nesta área do Pacifico favorece mais chuva no Sul, mas esta região chegou a ter anomalias de 3ºC em julho do ano passado.

El Niño chegou após três anos seguidos de La Niña
O fenômeno El Niño foi declarado no começo de junho do ano passado depois de três anos seguidos sob La Niña.

O seu pico ocorreu em novembro com a maior anomalia semanal de temperatura da superfície do mar observada na região Niño 3.4, na semana de 22 de novembro.

Além disso, foram observadas cinco semanas no final do ano passado com anomalias acima de 2ºC ou mais, ou seja, em patamar de Super El Niño. O fenômeno esteve pela última vez com intensidade moderada no último mês de agosto.

Desde então e até o fim de fevereiro deste ano, todos os boletins semanais da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera indicaram anomalias de temperatura da superfície do mar de 1,5ºC ou mais, portanto, em patamar de El Niño forte ou muito forte.

Veja as anomalias nas 28 semanas em que o Pacífico esteve em patamar de El Niño forte:

23/08/2023: 1,5ºC;
30/08/2023: 1,6ºC;
06/09/2023: 1,6ºC;
13/09/2023: 1,6ºC;
20/09/2023: 1,7ºC;
27/09/2023: 1,5ºC;
04/10/2023: 1,5ºC;
11/10/2023: 1,5ºC;
18/10/2023: 1,6ºC;
25/10/2023: 1,6ºC;
01/11/2023: 1,8ºC;
08/11/2023: 1,8ºC;
15/11/2023: 1,9ºC;
22/11/2023: 2,1ºC;
29/11/2023: 2,0ºC;
06/12/2023: 1,9ºC;
13/12/2023: 2,0ºC;
20/12/2023: 2,0ºC;
27/12/2023: 2,0ºC;
03/01/2024: 1,9ºC;
10/01/2024: 1,9ºC;
17/01/2024: 1,7ºC;
24/01/2024: 1,7ºC;
31/01/2024: 1,8ºC;
07/02/2024: 1,7ºC;
14/02/2024: 1,5ºC; e
21/02/2024: 1,5ºC.

O período de maior aquecimento se deu no final do ano passado, nos meses de novembro e dezembro. Entre janeiro e fevereiro, o El Niño começou a perder intensidade, embora seguisse ainda com anomalias semanais na faixa de forte intensidade.

Fonte: ND

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