Do pó negro ao futuro verde: a reinvenção do carvão em Criciúma

Publicado em: 20 de outubro de 2025

Do pó negro ao futuro verde: a reinvenção do carvão em Criciúma
FOTO: ACERVO HISTÓRICO CRICIÚMA

No centenário da cidade, setor carbonífero investe em tecnologia e sustentabilidade para transformar passado de degradação em legado de vida e inovação.

Por décadas, o carvão mineral foi o motor indústrial e a própria identidade de Criciúma. Esse símbolo de origem, que moveu o desenvolvimento da região, vive agora um novo ciclo, marcado não pela exploração, mas pela inovação e responsabilidade ambiental. O setor está em uma transição para se tornar uma referência em sustentabilidade, utilizando tecnologia de ponta para reverter o passado ambiental.

Investimentos robustos em pesquisa e educação ambiental estão transformando áreas que antes eram sinônimo de degradação em espaços de convivência comunitária, preservação e aprendizado. Antigas minas dão lugar a parques, viveiros de mudas e laboratórios a céu aberto, consolidando uma mentalidade totalmente nova sobre o uso dos recursos naturais e o legado que a indústria deixa para a cidade.

Para a presidente do Siecesc-Carvão, Astrid Barato, o carvão permanece na alma de Criciúma, mas agora com uma roupagem moderna. “O carvão está na origem e na alma da cidade. Hoje, ele vive uma nova fase, mais tecnológica e sustentável, voltada à transformação e ao futuro”, destaca a líder, reforçando que o objetivo é equilibrar a tradição com a preservação.

Saiba mais:
A transição do setor carbonífero na região vai além da recuperação de áreas. Pesquisas avançadas exploram o uso do carvão mineral em novas tecnologias, como a produção de carvão ativado para filtragem de água e ar, e até mesmo em componentes para a indústria de eletrônicos. Além disso, projetos piloto investigam a captura e armazenamento de carbono (CAC), uma tecnologia que visa neutralizar as emissões, transformando o carvão em uma fonte de energia mais limpa enquanto as renováveis ganham escala. Essa reinvenção posiciona Criciúma não apenas como um símbolo do passado industrial, mas como um polo de conhecimento em energia e recuperação ambiental.

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