Publicado em: 6 de janeiro de 2025
Foto: Reprodução/X/@soupalestina/NDUm soldado de Israel que está de férias no Brasil é acusado de crimes de guerra pela Fundação Hind Rajab (HRF), e será investigado pela Polícia Federal a pedido do Ministério Público Federal por práticas hediondas durante a guerra entre Israel e Palestina.
Os advogados do HRF no Brasil, Maira Pinheiro e Caio de Almeida apresentaram uma notícia-crime que foi acatada pela juíza federal Raquel Soares Charelli, em 30 de dezembro, com despacho para PF em 3 de janeiro. “Aplicando o princípio da extraterritorialidade e da competência universal para processar e julgar o noticiado”, declarou a juíza.
A HRF solicitou a prisão imediata de Yuval Vagdani, o soldado de Israel, enfatizando os riscos significativos de fuga e potencial destruição de evidências. “O suspeito deve ser preso, não apenas detido e solto, para garantir a integridade da investigação e impedi-lo de escapar da justiça”, alegou Maira Pinheiro.
Na denúncia, os advogados relataram que o soldado de Israel, suspeito de crimes de guerra na Faixa de Gaza, estava no Brasil para fins turísticos. A investigação brasileira é possível devido aos tratados internacionais dos quais o Brasil integra, como a Convenção de Genebra e o Estatuto de Roma.
Os crimes do soldado de Israel
A denúncia da HRF acusa o suspeito de participar de demolições massivas de casas civis em Gaza para “impor condições de vida insuportáveis” aos palestinos.
A fundação relata ter provas contra o soldado de Israel, como gravações, dados de geolocalização e fotografias mostrando o suspeito plantando explosivos e participando da destruição de bairros inteiros.
“Este não é um caso de comando distante. Este indivíduo contribuiu ativamente para a destruição de casas e meios de subsistência, e suas próprias declarações e comportamento se alinham claramente com os objetivos genocidas em Gaza”, afirmou Maira Pinheiro.
Via ND+