Da cicatriz ambiental ao novo cartão postal: a transformação do Sul catarinense

Publicado em: 20 de outubro de 2025

Da cicatriz ambiental ao novo cartão postal: a transformação do Sul catarinense
criciuma.sc.gov.br/historia

Programa de recuperação já devolveu à natureza mais da metade das áreas degradadas pela mineração, criando parques e impulsionando inovação.

A paisagem do Sul catarinense, outrora marcada pelas cicatrizes da mineração de carvão, vive uma transformação silenciosa e profunda. Através do Programa de Recuperação Ambiental das Áreas Degradadas pela Mineração (ACP do Carvão), executado com participação direta do Siesesc, cerca de 55% das áreas impactadas já foram recuperadas. “A mineração mudou profundamente. Hoje trabalhamos com planos modernos, controles ambientais rígidos, recuperação simultânea e tecnologia. O setor apreceu a devolver vida à natureza”, afirma Astrid Barato, presidente do Siesesc-Carvão+.

Os resultados são visíveis e se converteram em novos espaços de lazer e cultura para a população. O Parque das Nações e o Parque dos Imigrantes, por exemplo, eram terrenos antes ocupados por rejeitos e lixo. “Essas áreas ajudam a mudar o perfil urbano de Criciúma. São espaços que nasceram da recuperação ambiental e hoje são motivo de orgulho”, reforça Astrid. A inovação é uma aliada fundamental nesse processo, com o uso de drones, sensores e geotecnologia para monitoramento de precisão. O Centro Tecnológico da Satc tornou-se referência nacional em pesquisas para agregar valor a rejeitos, como a produção de terras raras e materiais para captura de carbono.

O setor defende uma transição energética justa e equilibrada, reconhecendo o peso econômico do carvão, que gera cerca de R$ 6 bilhões por ano e mais de 20 mil empregos diretos e indiretos em Santa Catarina. A proposta é manter as operações do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda até 2040 para garantir estabilidade durante essa evolução. “O papel é evoluir sem deixar ninguém para trás”, resume a presidente. O legado final vai além da paisagem: é a conscientização de que as gerações futuras herdarão um território onde pessoas, natureza e economia convivem em harmonia.

Saiba mais:
A execução desse ambicioso projeto de recuperação ambiental tem na engenheira Astrid Barato uma de suas principais líderes. À frente do Siesesc-Carvão+, ela é uma voz central na mediação entre o setor mineral, o poder público e o Ministério Público, articulando os esforços para cumprir as metas da Ação Civil Pública (ACP). Sua atuação é frequentemente citada como crucial para transformar um passivo ambiental histórico em um caso concreto de desenvolvimento sustentável para a região.

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