Publicado em: 14 de abril de 2025
Foto: Canva/Reprodução SCC10A morte de Sara Raíssa Pereira, de oito anos, causada pela inalação de desodorante aerossol, acendeu um alerta para os efeitos fatais de substâncias químicas presentes em produtos domésticos. A criança teria participado de um “desafio” do TikTok, o que resultou em uma parada cardiorrespiratória. Ela foi reanimada, mas teve morte cerebral constatada dias depois.
Segundo o médico Paulo Guimarães, especialista em prevenção de acidentes domésticos e primeiros socorros, os gases usados nesses produtos — como butano, propano e isobutano — são extremamente perigosos.
“Os sprays [de desodorantes aerossóis] contêm gases como butano, propano e isobutano, que, quando inalados, provocam hipóxia — ou seja, falta de oxigênio no corpo”, explicou o médico.
De acordo com Guimarães, essa falta de oxigênio pode afetar o funcionamento do cérebro e do coração em questão de minutos.
“A falta de oxigênio no corpo pode causar tontura, convulsões e parada cardíaca, que foi o que levou Sara Raíssa a óbito. Há, inclusive, a chamada síndrome da morte súbita por inalante, que pode ocorrer em questão de minutos”, alerta o especialista.
O caso aconteceu em Ceilândia, Distrito Federal, na última quinta-feira (10). Sara foi levada ao Hospital Regional de Ceilândia após inalar o aerossol.
A Polícia Civil confirmou que a ação foi motivada por uma trend da rede social TikTok. Apesar de ter sido reanimada após uma hora, ela não respondeu mais a estímulos e teve morte cerebral confirmada neste domingo (13).
Via SCC10