Publicado em: 22 de agosto de 2025
Reajuste da Celesc, aprovado pela Aneel, tem média de 13,53% e atinge residências, comércios e indústrias; alta de encargo federal é o principal vilão.
A energia elétrica ficará significativamente mais cara para todos os catarinenses a partir desta sexta-feira (22). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste anual das tarifas da Celesc, com um aumento médio de 13,53% – o maior dos últimos três anos. O impacto no bolso do consumidor varia conforme o perfil: enquanto as residências terão alta de 12,3%, as grandes indústrias sentirão um choque de 15,8%.
O principal motivo para o salto na tarifa não é o custo operacional da distribuidora, mas sim o aumento de **36%** na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um fundo federal que custea programas como Tarifa Social, Luz para Todos e incentivos a energias renováveis. Este encargo, que integra a “Parcela A” da conta de luz, é repassado obrigatoriamente aos consumidores por determinação do Governo Federal. A parte que fica com a Celesc (“Parcela B”), para custear manutenção e investimentos, teve impacto de apenas 1,04% no reajuste.
O aumento de 2025 contrasta fortemente com a estabilidade tarifária dos anos anteriores. Em 2024, o reajuste médio foi de 3,02%, e em 2023, as tarifas industriais chegaram a cair 0,81%. A Celesc reforça em nota que não tem controle sobre os encargos setoriais, que são o grande motor do reajuste deste ano e são repassados por obrigação legal, sem ficar com a empresa.
