Cinegrafista da crueldade é preso por filmar torturas para agiotas

Publicado em: 28 de novembro de 2025

Cinegrafista da crueldade é preso por filmar torturas para agiotas

Operação Omertà prendeu na região, integrante de uma organização criminosa que atuava na Serra Gaúcha com métodos de extrema violência.

A Polícia Civil prendeu em Imbituba, no litoral sul de Santa Catarina, um homem apontado como o “cinegrafista do crime” de uma organização criminosa. Ele era responsável por filmar as sessões de tortura e sequestro realizadas pelo grupo, que atuava sobretudo na região de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. A prisão ocorreu na última quinta-feira (27) durante a Operação Omertà.

As investigações revelaram que a rede atuava na cobrança violenta de dívidas, incluindo valores devidos a agiotas e ao tráfico de drogas. Os criminosos utilizavam máquinas de choque, pés de cabra e bastões para torturar e intimidar as vítimas. Provas colhidas nos celulares dos suspeitos contêm vídeos que mostram as agressões e ameaças.

Além do cinegrafista, outros três homens foram presos, entre eles o suposto torturador principal e um cobrador que invadia residências. Um dos investigados é acusado de ter apontado uma arma para a cabeça de uma vítima na frente de suas filhas menores. Os detidos foram encaminhados ao sistema prisional.

Saiba mais:
O termo “Omertà”, escolhido para batizar a operação, é um código de silêncio e não cooperação com as autoridades originário da máfia siciliana. Esse princípio, baseado na lealdade absoluta e no medo, garante a proteção de organizações criminosas há séculos. Sua adoção pela polícia evidencia o caráter structured e violento do grupo desmantelado, que impunha silêncio à sua operação, semelhante a grandes facções. A prática de filmar crimes, por sua vez, tornou-se uma ferramenta de intimidação e prova de autoria em investigações policiais.

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