Publicado em: 9 de setembro de 2024
Foto: Miriam Jeske / CPBO Brasil encerrou sua participação com o ouro do sul-matogrossense Fernando Rufino e a prata do paranaense Igor Tofalini na canoagem nos 200m VL2 para atletas que usam o tronco e os braços nas remadas.
Um pouco antes neste domingo (8), a carioca Tayana Medeiros colocou no peito a medalha de ouro da categoria até 86 kgh no halterofilismo.
O Brasil ainda participou das provas de maratona deste último dia de competições de Paris 2024.
“O resultado dos Jogos foi excepcional”, comemorou Mizael Conrado, presidente do CPB em coletiva de imprensa neste domingo ao final das competições. Ele atribuiu o desempenho ao um plano estratégico estabelecido pelo Comitê a partir de 2017 que mudou a lógica do desenvolvimento esportivo no país. “Foi uma bússola oa longo dos últimos oito anos”, afirmou.
Delegação inédita
Os Jogos Paralímpicos de Paris começaram dia 29 de agosto e o Brasil foi representado na competição por uma delegação de 280 atletas e 45% de mulheres – uma das metas que havia sido estabelecida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Elas ganharam 13 dos 25 ouros brasileiros, destacou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, durante uma coletiva na Casa Brasil Paralímpico, em Saint-Ouen, no subúrbio de Paris.
“A China teve mais de 60% dos pódios conquistados pelas mulheres. Acredito que criando condições, elas serão, cada vez mais, protagonistas e muito provavelmente vão superar resultados dos homens”, declarou.
O país fez história neste sábado (7) ao quebrar seu próprio recorde de medalhas e de ouros conquistados em uma mesma edição dos Jogos Paralímpicos na véspera do encerramento de Paris-2024.
O dia começou com 70 medalhas no total, a duas das 72 obtidas na Rio-2016 e em Tóquio-2020. Mas essa marca foi igualada e superada já pela manhã no atletismo, em que os brasileiros conquistaram quatro medalhas.
Primeiro veio o ouro de Rayane Soares nos 400m T13 (atletas com deficiência visual) e com um novo recorde mundial: 52s55. Depois veio uma dobradinha brasileira nos 200m T37 (paralisia cerebral): Ricardo Mendonça levou a prata e Christian Gabriel o bronze.
As conquistas continuaram para o Brasil com Paulo Henrique dos Reis ficando com o bronze no salto em distância T13 (deficiência visual), em sua primeira participação nos Jogos Paralímpicos.
O piauiense Luis Carlos Cardoso conquistou a prata na prova KL1 200m da canoagem atingindo a marca histórica: 75 medalhas paralímpicas brasileiras em Paris-2024.
O brilho na canoagem não parou aí: Miqueias Rodrigues conseguiu o bronze nos 200m KL3, e a seleção brasileira de futebol de cegos também ficou com o terceiro lugar do torneio ao vencer a Colômbia por 1 a 0.
No halterofilismo, a paulista Mariana D’Andrea se sagrou bicampeã na categoria até 73kg alcançando a marca de 148kg, novo recorde paralímpico.
Chuva de medalhas
No judô, Arthur Silva conquistou o ouro na categoria até 90kg J1 (cegos totais ou com percepção de luz), superando o britânico Daniel Powell por ippon, Willians Araújo venceu na categoria acima de 90kg J1 e Rebeca Silva ganhou na acima de 70kg J2 (baixa visão).
Na natação, Lidia Cruz conquistou o bronze nos 50m costas S4 com o tempo de 52s00. O Brasil encerrou as Paralimpíadas com 26 medalhas na natação, um recorde.
O país conquistou a 23ª com o triunfo de Jerusa Geber nos 200m T11 (deficientes visuais) do atletismo, na sessão da tarde no Stade de France, em Saint-Denis.
Com isso, a delegação brasileira na capital francesa superou as 22 medalhas de ouro de Tóquio-2020.
(Com informações da AFP)