Publicado em: 14 de janeiro de 2025
Imagem: Divulgação / MetSulUma nova onda de calor intenso está prestes a atingir diversas regiões do Brasil, segundo alerta da MetSul Meteorologia. A partir desta semana, municípios do Sul, Centro-Oeste e Sudeste devem registrar temperaturas extremas, com máximas podendo chegar a 40°C.
No estado de São Paulo, a influência da bolha de calor será mais acentuada em cidades localizadas no interior oeste. No entanto, a sensação de calor será elevada em todo o estado, com temperaturas elevadas predominando nos próximos dias.
O que vai ocorrer agora é a ampliação desta massa de ar quente com uma bolha de calor tomando conta de grande parte das latitudes médias da América do Sul com máximas muito elevadas que devem ficar entre 35ºC e 40ºC em maior número de cidades no decorrer da semana.
MetSul, em nota divulgada no último domingo (12).
A partir de terça-feira (14), temperatura “escala gradualmente” no Rio Grande do Sul. “A cada tarde, as máximas tendem a ser elevadas e se espera que, na segunda metade da semana, ocorra o pico de intensidade do calor” no estado gaúcho, informa o portal meteorológico.
“Calor excessivo” é esperado em Porto Alegre na quinta (16) e sexta-feira (17). A temperatura pode atingir marcas de 36ºC a 38ºC em vários pontos da região metropolitana da capital gaúcha, “mas, isoladamente nos vales, haverá marcas mais altas”, segue a MetSul em nota.
Tardes no oeste gaúcho também devem registrar temperaturas acima dos 35ºC. As máximas em municípios como Quaraí e Uruguaiana devem chegar a 40°C na segunda metade da semana.
Alerta para risco de temporais. Ainda segundo a MetSul, o calor intenso deve “criar condições propícias para temporais isolados com chuva forte, vendavais e granizo, especialmente na segunda metade da semana, notadamente a partir da quinta-feira”.
Será uma situação parecida com o que se viu na virada do ano, com o calor formando células isoladas de tempestades que isoladamente provocam temporais, alguns fortes e com danos. (…) Estes temporais se dão principalmente da tarde para a noite, quando se formam nuvens de grande desenvolvimento vertical pelo aquecimento diurno que gera movimentos convectivos (ar ascendente) na atmosfera.
MetSul, em nota.
Bolha calor se forma quando área de alta pressão permanece sobre uma região por dias ou semanas. O fenômeno, conforme a MetSul, aprisiona o ar quente “por baixo”, funcionando “como uma tampa de panela”. Na América do Sul, a atual bolha de calor tem seu centro entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil.
Massas de ar quente se expandem verticalmente, criando uma cúpula de alta pressão. Essa cúpula “desvia sistemas meteorológicos, como frentes frias, ao seu redor”, segue o portal. Quando o sistema de alta pressão se instala, o ar abaixo aquece a atmosfera e dissipa a cobertura de nuvens, o que pode aquecer ainda mais os solos nas regiões afetadas, segue o portal.
Mudanças climáticas aumentam duração e frequência de bolhas de calor no Brasil e pelo mundo. “Evidências de estudos sugerem que a mudança climática está aumentando a frequência de cúpulas de calor intensas, bombeando-as para mais alto na atmosfera, algo não muito diferente de adicionar mais ar quente a um balão de ar já aquecido”, conclui a MetSul, em nota.
Via SCC10