Publicado em: 9 de setembro de 2025
Vereador antes alinhado ao prefeito vota com a oposição e derruba propostas da reforma administrativa. Autores do voto contrário se recusam a explicar os motivos.
Em uma sessão tensa e com as galerias lotadas, a Câmara de Vereadores de Orleans rejeitou, por 6 votos a 5, dois projetos de lei complementar enviados pelo Executivo Municipal. Os textos, considerados estratégicos pela administração do prefeito Fernando Cruzetta (PP), tratavam de uma reforma administrativa e da reestruturação da fundação ambiental do município (Famor).
O grande elemento de surpresa foi o vereador Murilo Hoffmann (Novo), tradicionalmente alinhado ao governo, que rompeu com a base e votou contra as matérias ao lado da oposição. Ele justificou sua decisão alegando “inconsistências jurídicas” e “falta de clareza sobre os impactos financeiros”. Apesar da defesa ferrenha do secretário de Administração, que garantiu não haver aumento de despesas, os projetos foram barrados.
O prefeito classificou a rejeição como um prejuízo para a cidade, afirmando que os projetos modernizariam a gestão pública e trariam mais eficiência, e prometeu reapresentá-los em 2026. Em um contraste evidente, os vereadores da oposição que votaram contra, incluindo Hoffmann, se recusaram a dar entrevistas e se manifestar publicamente sobre a decisão.