Atualização: Tragédia em Criciúma: homem em surto mata mãe e irmã a facadas e é baleado pela polícia

Um homem em surto causado por drogas foi neutralizado pela Polícia Militar após assassinar a própria mãe e a irmã a facadas, na manhã desta quinta-feira (20), no bairro São José, em Criciúma. Ao chegar ao local, os policiais encontraram o suspeito extremamente agressivo, portando uma espingarda e apontando a arma para vizinhos e para os próprios agentes. Enquanto tentavam negociar, os militares ouviam gritos de que uma pessoa ainda estava agonizando dentro da residência.

Testemunhas relataram à polícia que uma criança de apenas 3 anos conseguiu fugir da casa e que o homem chegou a apontar a arma para a cabeça dela momentos antes. Diante da iminência de uma nova tragédia, e no instante em que o suspeito direcionou a espingarda para a guarnição, um policial efetuou um disparo para neutralizá-lo. O homem, então, largou a arma, deu alguns passos e caiu.

Dentro da casa, a cena era de horror. As duas vítimas femininas já estavam sem vida, e a análise preliminar apontou diversos sinais de luta, com sangue espalhado por vários cômodos. No porão, os policiais encontraram um buraco sendo cavado, possivelmente com a intenção de ocultar os corpos. Vizinhos informaram que o homem era usuário de drogas e tinha comportamentos antissociais repetidos.

Saiba mais:

A conexão entre drogas e violência doméstica fatal

Tragédias como a de Criciúma, infelizmente, refletem um padrão preocupante. Estudos na área de segurança pública e saúde mental frequentemente associam o uso de substâncias psicoativas, especialmente as que podem desencadear surtos psicóticos, a um aumento significativo no risco de violência doméstica letal. A desestruturação familiar, a crise de saúde mental não tratada e o fácil acesso a armas (brancas ou de fogo) formam um coquetel explosivo. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os homicídios dolosos – aqueles com intenção de matar – frequentemente ocorrem no ambiente doméstico, e o uso de álcool e outras drogas é um fator de risco recorrente nesses registros.