Publicado em: 27 de agosto de 2024
Foto: Divulgação AcioEm reunião que contou com a participação do secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (SICOS), Silvio Dreveck, reivindicações em defesa à indústria plástica foram apresentadas pela Associação Empresarial de Orleans (ACIO). A entrega de um ofício ocorreu durante a 2ª Reunião Plenária Extremo Sul, realizada na sede da Associação Empresarial de Sombrio.
Na ocasião, a diretora jurídica, Charlene Cruzetta, explanou sobre o documento redigido pelo presidente da ACIO, Italo Zomer, solicitando que o Governo de Santa Catarina defenda os interesses do ecossistema empresarial de região ao manifestar-se contrário ao PL nº 2.524/2022. Isso se dá pelo fato de afetar a indústria química de transformação do plástico e causar impactos negativos imensuráveis na economia e no social.
“Sugerimos um amplo e sério debate nacional acerca do tema, com a realização de estudos e investimento em pesquisa na economia circular do plástico, antes de se adotar medidas drásticas que podem ser irreversíveis e atrasar todo o desenvolvimento de uma cidade, de uma região e de um país”, explica Italo, acrescentando que a ACIO vem debatendo o tema desde o início do ano, por meio da participação no Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Orleans, fazendo a interlocução com a indústria local para a devida representatividade.
Orleans, conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do ano de 2022, possuía 243 empresas atuando na cadeia econômica do plástico, sendo 31 indústrias transformadoras da matéria-prima e de reciclagem, com 2.110 empregos diretos.
Nesse universo de 243 empresas (considerando representantes comerciais, distribuidores e indústrias de apoio), são 3.600 empregos diretos e estima-se que 6.400 indiretos, perante uma população 23.661 habitantes, segundo o censo do IBGE de 2022.
Os municípios do entorno pertencentes à AMREC (Associação de Municípios da Região Carbonífera), à AMUREL (Associação de Municípios da Região de Laguna) e à AMESC (Associação de Municípios do Extremo Sul Catarinense) formam o maior agrupamento da indústria de embalagens da América Latina, atendendo o mercado interno e externo.
“A indústria de embalagens é o motor econômico de Orleans e importante engrenagem de toda a macrorregião mencionada. A indústria gera a riqueza e a distribui através de sua mão de obra direta e indireta, que faz mover o comércio local. Diferentemente do que muitos tentam fazer crer, não é a indústria do plástico a vilã da poluição do solo, atmosfera e oceano, mas a falta de consciência ambiental”, defende.
Por fim, o presidente da ACIO ressalta que a indústria está preocupada com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), conforme a agenda 2030 da ONU.
“O setor não está alheio às necessidades de evolução humana para prolongar a vida, com sustentabilidade, no nosso planeta. Contudo, não pode ser penalizado com mudanças tão drásticas e radicais como as que estão presentes nas disposições vigentes do PL n° 2.524/2022, que pretende erradicar especialmente a fabricação e comercialização de diversos produtos de plástico de uso único”, conclui.
Foto: Divulgação Acio