Publicado em: 21 de dezembro de 2025
Conheça a história do Chester, o frango gigante criado pela Perdigão nos anos 1980 como alternativa ao peru.
Nos anos 1970, a Perdigão buscava um produto para competir com o peru vendido pela concorrente Sadia. A solução foi desenvolvida no Meio-Oeste catarinense, a partir da importação de ovos de uma linhagem especial de frango dos Estados Unidos. O objetivo era criar uma ave com mais carne no peito e nas coxas, ideal para ceias festivas.
A missão coube a técnicos como Edésio Brandalise, que trouxeram os ovos para Videira. Os primeiros anos foram de adaptação, com desafios como crescimento lento e problemas de saúde dos animais. Após ajustes na nutrição e no manejo com apoio de universidades, conseguiram uma ave de aproximadamente 4 kg, abatida em cerca de 65 dias.
O lançamento oficial ocorreu em 1982, com a icônica campanha publicitária “Habemus Chester!”. O sucesso foi imediato, tornando a ave uma tradição natalina. A fusão entre Perdigão e Sadia em 2009, que formou a BRF, encerrou a rivalidade que deu origem ao produto, mas consolidou sua presença nas mesas brasileiras.
Saiba mais:
A produção do Chester, hoje sob a marca da BRF, migrou de Santa Catarina para o centro-oeste do país, especialmente Goiás. A mudança está ligada à logística e aos custos de produção, já que a região é um grande polo de grãos utilizado na ração animal e possui proximidade com os principais mercados consumidores. Apesar da origem catarinense, a escala industrial moderna priorizou essa localização estratégica, mantendo o Chester como um dos principais produtos de natal no varejo brasileiro.
