Publicado em: 12 de setembro de 2024
Foto: Agência Brasil/Reprodução/NDO vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), declarou que o retorno do horário de verão pode ser uma “boa alternativa” em relação ao momento em que o país se encontra. Para ele, seria uma das formas de enfrentar a seca que tem pressionado o setor de geração de energia no país.
Durante entrevista no Palácio do Planalto, na quarta-feira (11), Alckmin reforçou a importância de medidas para economizar energia. Ele destacou campanhas de conscientização e a possível reimplantação do horário de verão.
“Não vai faltar energia, mas nós precisamos da ajuda de todos. Horário de verão pode ser uma boa alternativa para poupar energia. Campanha para você economizar energia [é outra alternativa] ajuda também. Existem várias alternativas”, afirmou Alckmin.
Suspenso desde 2019, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o horário de verão está em avaliação pelo governo Lula (PT). O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou que o retorno do horário será avaliado para economizar energia durante a estiagem no Brasil.
“Quando há qualquer possibilidade que aponte um caminho de uma solução para a modicidade tarifária e para a segurança do setor, é importante ser avaliada. Então, nós estamos na fase de avaliação da necessidade ou não de horário de verão”, disse o ministro.
De acordo com Silveira, o horário de verão está sendo debatido, mas ainda não existe uma decisão acertada até o momento. O ministro afirmou que há outros efeitos com o retorno do horário de verão a serem levados em consideração, como a economia.
Não há riscos de falta de energia no país, diz Alckmin sobre possível retorno do horário de verão
Na semana passada, Alckmin já havia afirmado que o Brasil não enfrenta risco iminente de falta de energia. Mesmo com a previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de que o nível dos reservatórios das hidrelétricas deve continuar diminuindo até o fim de novembro, o risco seria baixo.
Em resposta à situação, o ONS recomendou, em comunicado publicado em 20 de agosto, o acionamento de usinas termelétricas a partir de outubro deste ano. O motivo seria devido à escassez de chuvas em várias regiões do país.
O vice-presidente também defendeu que o governo não foque apenas em medidas paliativas, mas que atue nas causas do problema energético. Ele também mencionou a importância de políticas de descarbonização e preservação da Floresta Amazônica como estratégias de longo prazo para garantir a sustentabilidade e estabilidade da matriz energética brasileira.
Via ND