Publicado em: 6 de julho de 2024
FOTO: Vicente Schmitt/Agência ALAmbientalistas, populares, gestores públicos e representantes do movimento agroecológico do país, em especial da região Sul, participaram da Mesa “Agroecologia na Casa do Povo”, no Auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa.
Durante quatro horas, eles debateram estratégias e medidas governamentais que podem ser tomadas para a promoção de políticas públicas em defesa de uma agricultura saudável e ecológica no país e no estado. O evento, que foi proposto pelo deputado Marquito (Psol), é organizado pelo Cepagro e pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e integra a programação da Plenária Nacional da ANA, que ocorre em Florianópolis, de 2 a 5 de julho.
O deputado Marquito destaca a importância de iniciativas como esta, que promovam a agroecologia na perspectiva de adoção de políticas públicas ecologicamente viáveis. “É um movimento em prol da vida, da saúde, da proteção ambiental, da valorização de uma alimentação adequada e saudável”, pontuou.
Marquito informou ainda que foi elaborada a carta “Agroecologia para as eleições 2024” visando inspirar os candidatos para o pleito municipal para colocar em ação essa agenda tão fundamental para a sociedade. “Cada vez mais essa agenda tem que entrar na pauta de debates dos gestores públicos e esse debate no Parlamento centrou na adoção de políticas públicas voltadas para a agroecologia”, destacou.
A agricultora Rosalita Vitor reforçou a fala do parlamentar ao avaliar que a agroecologia nasce a partir do conhecimento dos agricultores e agricultoras. “Ela é histórica, nasce dos territórios e dos conhecimentos, é saúde, é o caminho para o enfrentamento das mudanças climáticas”, avaliou.
Ainda segundo os debatedores, para a construção, implementação e controle social de políticas públicas ligadas à agroecologia, agricultura familiar e segurança alimentar e nutricional são fundamentais para o avanço de formas mais sustentáveis de produção e consumo de alimentos saudáveis no Brasil.
Números
Dados da Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar), divulgados em 2023, cerca de 33 milhões de pessoas vivem em insegurança alimentar e nutricional grave no Brasil. Em Santa Catarina, são 338 mil pessoas sem acesso aos nutrientes necessários.
25 de outubro de 2024