Publicado em: 28 de junho de 2024
Foto: Divulgação UnibaveAs Esculturas do Paredão, em Orleans, obras mantidas pelo Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), por meio do Museu ao Ar Livre Princesa Isabel, passaram nesta quinta-feira (27) pela primeira etapa de conservação. Os técnicos da instituição a aplicaram produtos inibidores de vegetação. Etapa necessária para conter as ervas-daninhas, líquens, musgos e limos, existentes nas esculturas.
Todo o trabalho foi realizado com acompanhamento de técnicos e com auxílio de um caminhão guindaste, já que as obras ficam a mais de 20 metros de altura. A Rua Etienne Stawiarski esteve fechada durante toda a manhã por segurança. A segunda etapa, será realizada em aproximadamente um mês, com a remoção da vegetação seca, poda e limpeza geral da rua.
Conforme o conservador e restaurador de bens culturais do Museu ao Ar Livre, Idemar Ghizzo, a ação é necessária para que a vegetação esteja seca e aí depois realizar uma ação mecânica de remoção da vegetação. “Remover a vegetação sem as raízes estarem secas pode danificar a superfície do relevo das esculturas, pois as raízes estão fixadas nas microfissuras da rocha”, destaca.
Todo o trabalho para conservação das esculturas do paredão é realizado anualmente em parceria entre o Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), Museu ao Ar Livre Princesa Isabel e a Prefeitura de Orleans, por meio dos departamentos de Cultura e Turismo.
Sobre o Paredão
A ideia de esculpir o paredão nasceu em 1977, e o projeto inicial previa 26 painéis. A obra iniciou em 1980 e foi paralisada em 1987. O Padre João Leonir Dall’Alba, fundador da Fundação Barriga Verde (Febave), mantenedora da Unibave, contratou o artista Zé Diabo para fazer a obra. Em 1984, um convênio com a Fundação Catarinense de Cultura até chegou a colaborar com a obra. Mas, por falta de verbas, os trabalhos foram paralisados.
As Esculturas do Paredão localizam-se às margens do Rio Tubarão na Rua Ethienne Stawiarski, em Orleans. Os painéis são esculpidos na rocha, que variam entre 3 metros a 10 metros quadrados. Cada painel traz a representação de uma passagem bíblica: Primeira Missa no Brasil, Catequese dos índios, Criação do Homem, Sacrifício de Abraão, Passagem do Mar Vermelho, Templo de Rei Salomão, Dois últimos Profetas do Antigo Testamento, Anunciação e Nascimento de Cristo. A obra foi esculpida pelo artista contratado pela instituição e a visitação é gratuita ao público.
Colaboração: Antonio Rozeng / Comunicação Unibave