Publicado em: 25 de dezembro de 2025
Em sermão na Basílica de São Pedro, Leão XIV reforçou a defesa dos mais vulneráveis como centro de seu pontificado.
Em sua primeira celebração natalina como líder da Igreja Católica, o papa Leão XIV conduziu a Missa do Galo na Basílica de São Pedro para cerca de 6 mil fiéis. Em seu sermão, o pontífice afirmou que a história do nascimento de Jesus em um estábulo serve como alerta permanente: recusar acolhimento aos pobres e estrangeiros hoje equivale a rejeitar o próprio Deus.
“Na Terra, não há lugar para Deus se não houver lugar para a pessoa humana. Recusar um é recusar o outro”, declarou. Leão XIV, que tem colocado o cuidado com imigrantes e necessitados no centro de seu papado desde sua eleição em maio, disse que o Natal revela “a infinita dignidade de cada pessoa”. Ele citou ainda seu predecessor Bento XVI ao lamentar um mundo que parece não se importar com crianças, pobres ou estrangeiros.
Apesar da forte chuva em Roma, aproximadamente 5 mil pessoas acompanharam a cerimônia em telões na Praça de São Pedro. Antes da missa, o papa de 70 anos, primeiro nascido nos Estados Unidos, saiu para cumprimentar os presentes, elogiando sua coragem. Nesta quinta-feira (25), ele profere a tradicional mensagem e bênção “Urbi et Orbi” para a cidade e o mundo.
Saiba mais:
A escolha do nome Leão XIV evoca a memória de papas históricos associados à doutrina social da Igreja. O mais notável, Leão XIII, publicou em 1891 a encíclica “Rerum Novarum”, documento fundador do ensino católico moderno sobre justiça social, direitos dos trabalhadores e o dever de socorrer os pobres. A insistência de Leão XIV no tema dá continuidade a uma linha pastoral marcante no papado recente, desde João Paulo II até Francisco, que frequentemente denunciaram a “globalização da indiferença” e a economia que exclui.