Carta da prisão: Bolsonaro indica Flávio como pré-candidato à Presidência em 2026

Publicado em: 25 de dezembro de 2025

Carta da prisão: Bolsonaro indica Flávio como pré-candidato à Presidência em 2026

Leitura do documento manuscrito foi feita pelo senador às portas do hospital onde o ex-presidente se submeteu a uma cirurgia.

Em um gesto carregado de simbolismo político, o ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou, por meio de uma carta escrita à mão, a pré-candidatura do filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), à Presidência da República nas eleições de 2026. A leitura do documento foi realizada pelo próprio senador em frente ao hospital DF Star, em Brasília, na manhã desta quinta-feira (25), momentos antes do pai ingressar no centro cirúrgico.

Bolsonaro estava internado no local para uma correção de hérnia inguinal bilateral, procedimento de emergência autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após avaliação da Polícia Federal. O ex-presidente segue preso, sob custódia da PF, e a cirurgia foi um intervalo determinado pela Justiça. Flávio afirmou que a carta foi redigida ainda na Superintendência da PF e entregue a um advogado no último dia 23.

No texto, Bolsonaro justifica a decisão como uma resposta a um “cenário de injustiça” e um compromisso para que “a vontade popular não seja silenciada”. Ele declara entregar “o que há de mais importante na vida de um pai” e classifica o filho como “a continuidade do caminho da prosperidade” que iniciou. A movimentação ocorre em um momento de reconfiguração das forças políticas de oposição no Brasil.

Confira a íntegra da carta:
“Ao longo da minha vida, tenho enfrentado duras batalhas, pagando um preço alto, com a minha saúde e família, para defender aquilo que acredito ser o melhor para o nosso Brasil. Diante desse cenário de injustiça, e com o compromisso de não permitir que a vontade popular seja silenciada, tomo a decisão de indicar Flávio Bolsonaro como pré-candidato à presidência da república em 2026. Entrego o que há de mais importante na vida de um pai: o próprio para a missão de resgatar o nosso Brasil. Trata-se de uma decisão consciente, legítima e amparada no desejo de preservar a representação daqueles que confiaram em mim. Ele é a continuidade do caminho da prosperidade que iniciei bem antes de ser presidente, pois acredito que precisamos retomar a responsabilidade de conduzir o Brasil com justiça, firmeza e lealdade dos anseios do povo brasileiro.”

Saiba mais:
A indicação de um familiar como sucessor político é um fenômeno recorrente na história republicana brasileira, conhecido como “continuísmo familiar” ou “política dinástica”. Casos emblemáticos incluem a tentativa de Jânio Quadros de lançar a candidatura do filho, Jânio Quadros Filho, nos anos 1980, e a já concretizada sucessão entre o ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros e seu filho, também Adhemar. Mais recentemente, figuras como Aécio Neves, neto do ex-presidente da Câmara e ex-senador, e Márcio França, filho do ex-governador de São Paulo, seguiram carreiras influenciadas por legados familiares. A articulação de Flávio Bolsonaro se insere neste contexto, buscando capitalizar a sólida base eleitoral do pai enquanto tenta construir uma trajetória própria.

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