Publicado em: 23 de dezembro de 2025
Caso entra em fase decisiva na Justiça de Santa Catarina, com pena de até nove anos sendo solicitada para Vandressa Cesca.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu a condenação de Vandressa Salvador Cesca, esposa do idoso fundador do Grupo Angeloni, Antenor Angeloni. Em alegações finais apresentadas à Justiça de Criciúma, o MP aponta para um suposto desvio de milhões do patrimônio do empresário, que hoje tem quase 90 anos.
A acusação alega que Vandressa e sua mãe se aproveitaram da fragilidade cognitiva de Angeloni. Ela teria orientado a criação de uma holding, para a qual o empresário transferiu cerca de R$ 25 milhões, e depois adquirido a empresa por apenas R$ 100 mil.
Além da manobra com a holding, o MPSC atribui a Vandressa o uso indevido do cartão de crédito do marido para compras direcionadas ao seu próprio endereço comercial. Diante da gravidade e da idade da vítima, a promotoria solicitou penas que podem ultrapassar nove anos de prisão para ela e quatro anos para a mãe.
Saiba mais:
O Grupo Angeloni, fundado por Antenor Angeloni em 1975, é uma das maiores redes varejistas de Santa Catarina, com forte presença no setor supermercadista. O empresário, que tem uma trajetória emblemática no estado, afastou-se dos negócios nos últimos anos devido à idade e questões de saúde. Casos de disputas patrimoniais e alegações de abuso de vulnerabilidade em famílias de grande fortuna têm se tornado mais frequentes nos tribunais, levando a um debate sobre os mecanismos de proteção legal para idosos e suas riquezas.