Trecho da BR-101 em Santa Catarina lidera ranking nacional de acidentes

Publicado em: 23 de dezembro de 2025

Trecho da BR-101 em Santa Catarina lidera ranking nacional de acidentes

Um levantamento da PRF aponta o quilômetro 200 ao 210, em São José, como o mais perigoso do país.

Entre janeiro e novembro deste ano, um trecho de apenas dez quilômetros da BR-101, no município catarinense de São José, registrou 112 acidentes. O número, o mais alto do Brasil, foi identificado pela Polícia Rodoviária Federal em um mapeamento de pontos críticos. O segmento seguinte da mesma rodovia, entre os quilômetros 210 e 220, aparece em segundo lugar nacional, com 94 ocorrências.

Santa Catarina concentra sete dos 20 trechos rodoviários federais com maior número de acidentes. Desses, seis estão localizados na BR-101, que corta o estado no sentido norte-sul passando por importantes cidades como Laguna, Tubarão, Criciúma, Florianópolis e Balneário Camboriú, e um na BR-282. A PRF atribui o alto índice a fatores como a transformação de trechos da rodovia em vias urbanas, com intenso tráfego local, e a predominância de pistas não duplicadas, que elevam o risco de colisões frontais.

Além das características da via, o órgão faz recomendações aos motoristas para o período de férias, como realizar revisões preventivas no veículo, planejar paradas a cada três horas e evitar dirigir à noite ou sob condições climáticas adversas. Em todo o país, a PRF mapeou 118 pontos considerados perigosos, sendo 32 apenas na BR-101.

Saiba mais:
A BR-101, com aproximadamente 4.800 km de extensão, é uma das rodovias longitudinais mais importantes do Brasil, ligando o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Sua construção, iniciada na década de 1950, acompanhou o processo de integração nacional, mas muitos trechos, especialmente no Sul e Nordeste, sofreram com a urbanização desordenada ao redor. O problema de acidentes em pontos específicos é histórico e recorrente, frequentemente associado à falta de duplicação, ao excesso de acessos laterais e ao crescimento das cidades às margens da via. No trecho sul catarinense, que inclui municípios como Laguna, Tubarão e Criciúma, o intenso movimento de caminhões ligado à atividade portuária e industrial soma-se ao tráfego urbano, agravando os riscos. Estudos de engenharia de tráfego apontam que a solução para esses “pontos críticos” passa por investimentos estruturais, como a construção de viadutos, acessos controlados e a conclusão da duplicação.

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