Santa Catarina fecha fronteiras à tilápia do Vietnã por risco de vírus devastador

Publicado em: 18 de dezembro de 2025

Santa Catarina fecha fronteiras à tilápia do Vietnã por risco de vírus devastador

Medida estadual proíbe importação e venda do peixe para proteger uma cadeia produtiva que sustenta 3 mil famílias no estado.

O governo de Santa Catarina publicou uma portaria proibindo a importação, comercialização e distribuição de tilápia originária do Vietnã em todo o estado. A decisão, com efeito imediato e reportada pelo portal ND Mais, foi tomada com base no princípio da precaução, visando barrar a entrada do Tilapia Lake Virus (TiLV), um patógeno que pode dizimar populações de peixes. Em entrevista ao portal NDTV RECORD, o secretário estadual de Aquicultura e Pesca, Tiago Frigo, justificou a medida, afirmando que a liberação federal ocorreu antes da conclusão da análise de risco sanitário.

A decisão catarinense coloca o estado em rota de colisão com o governo federal, que havia reaberto as importações. A justificativa estadual cita não apenas o grave risco sanitário, mas também a proteção da economia local. Santa Catarina é o quarto maior produtor nacional de tilápia, com uma produção anual de cerca de 59 mil toneladas. A região da Amurel, no Sul do estado, é o principal polo produtivo, respondendo por um terço de toda a produção catarinense.

O tema ganhou relevância nacional após a proposta de incluir a tilápia em uma lista oficial de espécies exóticas invasoras. Entretanto, autoridades do Ministério do Meio Ambiente esclareceram que a lista tem caráter técnico e preventivo, não significando proibição de cultivo ou consumo. A tramitação dessa lista está suspensa para mais análises, e o ministério reforçou que nunca propôs erradicar a tilápia do país, reconhecendo sua importância econômica.

Saiba mais:
Conforme dados da Epagri, a cadeia produtiva da tilápia tem um impacto financeiro significativo, movimentando mais de R$ 410 milhões anualmente na economia de Santa Catarina. O estado se consolidou como um polo de alta qualidade, com produtividade média de 12 toneladas por hectare, que sobe para 30 toneladas/hectare na região da Amurel e pode chegar a 60 toneladas/hectare em municípios como Armazém, a Capital Catarinense da Tilápia. O crescimento do setor é impulsionado pela mudança de hábitos dos consumidores, que passaram a incluir o peixe leve e saboroso com mais frequência no cardápio de bares e restaurantes.

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