Publicado em: 13 de dezembro de 2025
Vacinação segue como principal arma para conter a propagação da doença fatal.
A Vigilância Sanitária de São Bento do Sul confirmou, nesta sexta-feira (12), um caso de raiva animal em um bovino. O animal, que morreu em uma propriedade na localidade de Rio das Pacas, Sertãozinho, teve o diagnóstico atestado por exame laboratorial. A confirmação acende o alerta para uma das zoonoses mais graves.
Nos bovinos, a doença se manifesta principalmente na forma paralítica. Os sintomas incluem mudança de comportamento, como isolamento ou agressão, salivação espumosa, dificuldade para engolir, andar cambaleante e paralisia progressiva dos membros traseiros. A evolução é rápida e invariavelmente fatal.
A raiva é uma zoonose grave e sem cura. A orientação é notificar imediatamente qualquer caso suspeito às autoridades para a adoção de medidas de controle. Para cães e gatos, a vacinação anual é obrigatória e a ferramenta mais eficaz de prevenção. Em caso de mordedura ou arranhadura, deve-se procurar atendimento de saúde urgente.
Saiba mais:
A raiva bovina no Brasil está intimamente ligada à presença de morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus, principal vetor da doença para herbívoros. Programas de controle populacional desses morcegos, associados à vacinação em massa do rebanho, são estratégias de saúde pública historicamente adotadas. Surpos da doença causam significativos prejuízos econômicos à pecuária. O último grande ciclo da raiva dos herbívoros no país ocorreu na década de 1990, mas casos esporádicos, como o registrado agora, reforçam a necessidade de vigilância sanitária permanente.
