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29 de novembro de 2025
Publicado em: 6 de dezembro de 2025
Senador anuncia indicação de Jair Bolsonaro para ser candidato do PL à Presidência, enquanto ex-presidente permanece preso e inelegível.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, nesta sexta-feira (5), ter sido formalmente indicado pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, para ser o candidato do partido à Presidência da República em 2026. Em publicação nas redes sociais, Flávio declarou aceitar com “grande responsabilidade” a missão de dar continuidade ao projeto político da família, criticando o governo atual e prometendo lutar por mudanças.
A decisão ocorre no contexto da prisão e inelegibilidade de Jair Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe de Estado. A situação desencadeou uma disputa interna pelo seu capital político, com nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sendo cotados. Segundo aliados de Flávio, a escolha foi externada pelo ex-presidente em conversas durante visitas na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também avaliou uma candidatura, declarou apoio total ao irmão.
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, confirmou a indicação, afirmando que “Bolsonaro falou, está falado”. O partido divulgou nota oficial ratificando Flávio como seu representante na disputa. Aliados do senador afirmam que ele recebeu orientações para ampliar sua projeção nacional, participando de mais eventos públicos. Apesar da indicação, avaliações internas no PL consideram que, por ora, Flávio ainda não é um candidato competitivo em cenários eleitorais.
Saiba mais:
A disputa por sucessões políticas dentro de famílias ou clãs é um fenômeno recorrente na história republicana brasileira, mas a indicação formal de um herdeiro direto para concorrer à Presidência a partir da prisão do antecessor é inédita. Em períodos anteriores, como no fim do Estado Novo de Getúlio Vargas ou durante a ditadura militar, a transição de poder ocorria por vias institucionais ou por colégios eleitorais controlados, sem a figura de um “sucessor dinástico” indicado por um líder condenado. Analistas apontam que a movimentação testa os limites da legislação eleitoral e da influência política de uma liderança judicialmente impedida, configurando um novo capítulo na relação entre justiça, política e família no Brasil.

29 de novembro de 2025