Operação intramuros combate facção que agia de dentro de presídios em SC

Gaeco cumpre 8 prisões preventivas e 30 mandados de busca em 12 cidades, desarticulando organização criminosa que comandava crimes a partir do sistema prisional.

A Operação intramuros, deflagrada nesta quarta-feira (19) pelo Gaeco, visa desarticular uma organização criminosa que, segundo as investigações, coordenava tráfico de drogas, homicídios e lavagem de dinheiro diretamente de dentro de unidades prisionais de Santa Catarina. A ação conta com a estreia do Grupo Estadual de Enfrentamento a Facções Criminosas (GEFAC) do Ministério Público estadual.

Foram cumpridos simultaneamente oito mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão, expedidos pela Vara Estadual das Organizações Criminosas. As diligências abrangem 12 municípios, incluindo Lages, São Joaquim, Laguna e Pescaria Brava. Durante os trabalhos, foram realizadas cinco prisões em flagrante por crimes como porte de drogas e arma ilegal.

A investigação, que tramitava em sigilo, se baseou em dados da inteligência da Polícia Penal, que identificou a prática de crimes por meio de aparelhos celulares ilegais dentro dos presídios. Os materiais apreendidos serão periciados para identificar outros envolvidos e aprofundar a apuração sobre a extensão da rede criminosa.

Saiba mais:
A operação intramuros reflete uma estratégia crescente do Ministério Público de Santa Catarina no combate ao crime organizado, que tem se adaptado para operar a partir das penitenciárias. O Gaeco, criado para atuar de forma integrada, já conduziu outras grandes operações no estado, como a Operécia e a Dissecatio, que visavam desmontar esquemas de facções que usavam o sistema prisional como quartel-general para comandar crimes no mundo exterior. O surgimento do GEFAC reforça a especialização institucional contra essas organizações, que frequentemente controlam rotas de tráfico interestaduais.