Publicado em: 20 de outubro de 2025
imagem ilustrativaENQUANTO TURISTAS ADMIRAM A BELEZA, POPULAÇÃO VIVE UM PESADELO: dias sem uma gota d’água para beber, cozinhar ou tomar banho. O abandono é quase total!
No coração de um dos cenários mais deslumbrantes do Brasil, a Serra do Rio do Rastro, um verdadeiro drama de sobrevivência se desenrola. No distrito do Guatá, em Lauro Müller, a água tornou-se um luxo inacessível. Famílias inteiras estão sendo submetidas a um suplício diário, forçadas a viver como em tempos de seca extrema, enquanto a administração municipal empilhou tubos num galpão. É o retrato chocante do abandono!
O desespero é quase geral! Idosos estão tendo de pedir água a vizinhos para tomar seus remédios, enquanto mães se desdobram para dar um mísero banho de canequinha em suas crianças. As casas estão imundas, com montanhas de roupa suja se acumulando, e o comércio local vive um drama. Para aumentar a revolta, tubos novinhos em folha, que poderiam solucionar o problema, estão estocados à vista de todos, jogados em um galpão. É um verdadeiro tapa na cara da população que sofre!

Estoque de tubos não resolve problema da comunidade
Este não é um problema de agora! Investigação do Olhar do Sul revela que a situação se arrasta há anos. A prefeitura de Lauro Müller, responsável pelo abastecimento, foi repetidamente cobrada, mas a sede do povo do Guatá permanece. A comunidade, que já foi próspera no auge do carvão, hoje é refém da incompetência e do descaso. Eles clamam por um socorro imediato!
Nossa reportagem entrou em contato com o prefeito, Valdir Fontanella, que bastante alterado, disse que o Olhar do Sul só ouve um lado da história. “Quanto ao problema da água no Guatá, uma enchente com barreira aconteceu na sexta-feira o problema foi identificado e o abastecimento está sendo restabelecido de forma gradual”, disse. A justificativa é que, em redes longas, a água demora para chegar a todos os pontos.
Saiba mais:
O Guatá já foi um centro pulsante durante a era do carvão, com cinema, times de futebol e uma vida social fervilhante nas vilas operárias. O fim dessa era econômica parece ter condenado o distrito ao esquecimento. A crise hídrica atual não é acidental; é o sintoma final de décadas de negligência. O fantasma da sede assombra uma comunidade que carrega nas costas a história de Santa Catarina, abandonada à própria sorte no paraíso.

20 de setembro de 2025