Publicado em: 23 de julho de 2025
Um relatório do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) revela uma realidade alarmante: mais de 11.500 catarinenses vivem nas ruas. Esse contingente supera a população total de oito municípios da região da Amurel, como Pescaria Brava e Armazém.
O levantamento, baseado no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal até março de 2025, concentrou-se em 13 cidades que abrigam a maior parte dessa população no estado. Florianópolis, Joinville, Blumenau, Balneário Camboriú, Itajaí, Criciúma, São José, Palhoça, Tubarão, Navegantes, Itapema, Camboriú e Biguaçu somam juntas 11.588 pessoas em situação de rua. A dimensão do problema fica clara ao comparar esse número às populações estimadas (IBGE 2024) de cidades inteiras da Amurel, como Pescaria Brava (10.531), Armazém (9.188) e Treze de Maio (7.585).
Desemprego, conflitos familiares e perda de moradia emergem como as principais causas apontadas pelo relatório para essa situação crítica. Um dado que desafia estereótipos é o nível de escolaridade: mais de 90% dos registrados frequentaram a escola e são alfabetizados, indicando que o analfabetismo não é um fator determinante. O estudo do MPSC destaca a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para enfrentar essa crise humanitária que atinge milhares de catarinenses.
