Motorista que causou morte de duas irmãs ao dirigir embriagado é condenado em Urussanga

Publicado em: 7 de maio de 2025

Motorista que causou morte de duas irmãs ao dirigir embriagado é condenado em Urussanga
Foto: Divulgação

Após denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), um homem foi condenado a 8 anos de prisão, em regime fechado, por atropelar uma avó e suas duas netas, resultando na morte das jovens, em Morro da Fumaça. O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri da Comarca de Urussanga.

O caso aconteceu em 24 de setembro de 2016, por volta das 19h. Naquele sábado, Patrícia, de 17 anos, estava com a avó e a irmã mais velha, Ana, de 19, para um jantar em família previamente combinado. Antes da refeição, decidiram ir até uma loja de calçados próxima. No retorno, ao caminhar pelo acostamento da SC-445, no bairro Estação Cocal, foram atingidas por um carro em alta velocidade, conduzido por um motorista embriagado.

Patrícia morreu no local. Ana foi levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu dois dias depois. A avó, de 63 anos, sobreviveu, apesar dos ferimentos graves.

O motorista foi submetido ao teste do bafômetro, que indicou 0,44 mg/l de álcool por litro de ar — acima do limite legal de 0,3 mg/l — e também apresentava sinais visíveis de embriaguez, confirmados por testemunhas e pela Polícia Militar Rodoviária.

Com base nessas evidências, o réu foi condenado por dois homicídios simples e uma lesão corporal grave. A Justiça também negou a ele o direito de recorrer em liberdade.

Emoção marca o julgamento

Familiares das vítimas e moradores da comunidade acompanharam a sessão com forte emoção. Maria Odete, avó das jovens e também vítima do atropelamento, disse sentir um certo alívio com a decisão da Justiça.

“Agora estou mais tranquila, porque finalmente houve justiça. Depois daquele dia, tudo mudou, nossa família nunca mais foi a mesma. Elas eram tão jovens, e perderam a vida por causa da irresponsabilidade de alguém bêbado”, declarou.

Promotor destaca gravidade do crime

Durante o julgamento, o Promotor de Justiça Joel Zanelato destacou que não se tratava de um acidente comum, mas de uma decisão deliberada.

“Foi uma escolha consciente e criminosa: dirigir embriagado, acima da velocidade permitida, e colocar vidas em risco. O resultado foi trágico — duas vidas interrompidas e uma família devastada. Essa condenação representa a resposta da sociedade à irresponsabilidade e ao desprezo pela vida humana”, afirmou o promotor.

  • Banner
  • Banner
  • Banner
  • Banner
  • Banner
Compartilhe essa notícia nas redes sociais!
  • Banner Mobile
  • Banner Mobile